terça-feira, 11 de novembro de 2014

Pequenas (??) bizarrices do mundo animal

O planeta Terra continua girando, e, enquanto isso, na sala de justiça, a gente tem que ler notícias como essa:

http://oglobo.globo.com/blogs/pagenotfound/posts/2014/11/06/instrutor-de-paquera-agressiva-causa-polemica-na-australia-554072.asp

Já começa errado quando o cara se auto-intitula "instrutor de paquera", querendo dar uma de Hitch, como no filme - FILME, FICÇÃO - do Will Smith. Se nem no filme o cara escapa das mancadas, na vida real tão pouco, right?

Como se já não bastasse o ridículo que isso é, observe a frase: "A estratégia de Blanc na paquera inclui agarrar a cabeça da mulher desejada e puxá-la contra a sua virilha". Esse cara deveria estar numa camisa de força. A situação é tão absurda que nem tenho como comentar tamanha bizarrice. Vou deixar apenas a foto aqui, para cada um refletir.


Além de machista ESCROTO, o filho da puta (desculpa, não dá para evitar xingar um animal desses!) é racista: "Se você é um cara branco pode fazer o que quiser. Apenas a agarre. Eu a puxo e ela apenas ri". Eu a puxo e ela ri? Vem cá experimentar, imbecil. Vai ver a risada que vai ganhar. Bem na cara. Com uma cadeira.


Um pouco menos absurdo, mas também estranho, esse fim de semana uma amiga disse que foi "perseguida" no trânsito por um cara que se encantou por sua beleza em meio a uma ultrapassagem. Emparelhou o carro com o dela e não hesitou em pedir seu telefone. Ela achou o cara bonitinho e deu o telefone.

Eu nem sabia que isso tava valendo, mas pelo jeito a coisa não está boa para nós.

Conversa vai e conversa vem no Whatsapp, ele pergunta se ela namora. Ela diz que não. Daí ele deixa a máscara cair e diz:

- Eu também não. NÃO SOU DE NAMORAR.

O recado foi dado, uma vez que para bom entendedor, meia palavra basta.

O tempo passa, o tempo voa, e a coisa continua feia pro nosso lado, mulherada!

Tempos difíceis!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Sentimento de posse e o que fazer com ele - a decisão é sua

Mulher é um bicho estranho. A gente vive sentindo coisas que não quer sentir. E depois tem que ficar ouvindo todo mundo dizer "você quer se sentir assim!" - não é tão fácil. Quem foi que disse aquela frase estapafúrdia "O sofrimento é opcional"? Lógico, transformamos qualquer coisa em um drama sem fim, e com o tempo, aprendemos que a única coisa que podemos fazer é turn off the drama e move on. Não dá pra perder meses sofrendo, como quando se é adolescente. Mas o que nos faz sofrer?

Não sei o que acontece comigo, acho que devo ter muito bom gosto (ou as pessoas estão sem opção mesmo!!), mas desde o começo da minha vida amorosa é um tal das minhas amigas furarem meu olho sem nenhum pudor. Não é uma coisa isolada, já aconteceu mais de 3 vezes, fico pensando: sou muito inocente, muito desapegada ou trouxa mesmo?! Qual é o meu problema?

Minhas amigas brigavam comigo, no passado, dizendo que isso era muita sacanagem, e que eu tinha que me vingar ou nunca mais olhar na cara de quem fez isso comigo. Eu não vou dizer que já terminei amizades - no sentido literal, tipo "nunca mais quero te ver na minha vida" -, mas já coloquei o pé no freio depois que muitas dessas coisas aconteceram, não confiava mais na pessoa, e acabava que de uma forma ou de outra, a amizade acabava indo pro saco.

Hoje, porém, penso: até quando vale a pena pôr um fim numa amizade por causa de um carinha?! Pior, por causa de um carinha que não significa lá grandes coisas para você?!

Oras, todas nós temos aqueles bofes que já ficamos e criamos um sentimento de posse sobre o indivíduo. É aquela pessoa que, às vezes nem rolou sentimento, mas rolou uma atração fatal, uma coisa de pele fora do comum. Você não quer que ninguém buline com aquela pessoa. Muito menos suas amigas, dammit. Mas se o infeliz for sem-vergonha (como na maioria das vezes é, porque normalmente você vai ter coisa de pele e sentimento de posse com gente que não presta e que você não vai ter nada sério. Mas não interessa, você não quer que ninguém fique com ele!!) e você tiver uma amiga atraente, ela não vai escapar. Ele vai ser insistente e envolvente, ela vai ser fraca e curiosa e BAM! Quando pensa que não, lá vem ela: "amiga, preciso te contar uma coisa".

Aconteceu comigo. Aliás, está acontecendo - não foi uma coisa pontual, para matar curiosidade; é uma coisa que virou interesse das duas partes e agora eu tenho que decidir o tamanho da importância que vou dar para isso.

Vamos aos fatos:

1) Eu tinha certeza que ia acontecer mais cedo ou mais tarde. Ela já havia demonstrado interesse e é linda e solteira. Ele é sem vergonha, envolvente e não perde tempo. Era apenas uma questão de oportunidade. Eu já sabia que ia rolar, mesmo eu tendo pedido para ela não ficar;

2) Ele parou de dar em cima de mim após ter ficado com ela. Sinal de que o babado é mais tenso do que eu imaginava.

3) Nossa amizade é relativamente nova.

4) Eu não tenho o menor interesse em ter algo sério com ele: ele é quase 7 anos mais novo que eu, moleque em todos os sentidos da palavra, fama de infiel, e a ex dele me adora.

5) Temos uma atração forte um pelo outro, mas só ficamos de fato há 3 anos, apesar das constantes trocas de flertes e provocações.

6) Eu já "perdi" grandes amigas por causa de caras que não valiam a pena.

7) Não sou mais adolescente.

8) Mas também não tenho sangue de barata.

9) Ele está passando por um momento muito difícil e ela está sendo a mais fofa das pessoas, ajudando-o, dando a maior força. Isso aumenta muito a chance de eles terem algo sério. Terei que lidar com essa possibilidade.

Bom, quando ela me contou, demonstrei que não tinha ficado lá muito feliz. Mas deixei claro que não estava com raiva e que não havia sentimento em relação a ele, apenas uma atração física. Ela disse que tinha sido uma coisa isolada, mas como não é minha primeira vez e não nasci ontem, é claro que não acreditei. Disseram que eu tinha que ter sido mais clara em relação ao fato de não ter gostado, mas o fato é que eu realmente não quero dar ibope para esse ciúmes que estou sentindo. É infundado, é ridículo. Se eu quisesse ficar com ele, eu tinha ficado antes. Desde que ficamos, há 3 anos, ele vivia dando em cima de mim e eu me fazendo de rogada. Uma semana antes de ficar com ela, lá estava ele dando em cima de mim. Se eu tivesse ficado, talvez ele nunca tivesse ficado com ela. Gostava do ego inflado com os elogios, com as investidas, mas de fato, de fato, não era uma coisa que eu super sonhava em repetir. É estranho como o ser humano pode ser escroto: eu não quero, mas também não quero que ninguém queira. Se eu tivesse alguma intenção de levá-lo a sério, eu diria a ela "back off, he's mine", mas fazer isso só por capricho? Para ficar com ele de novo e ver que, ok, a atração está lá, mas é só, não vai ter futuro?! Finalmente aprendi a usar a razão em muitas coisas na minha vida que antes eram absolutamente comandadas pela minha impulsividade. Não estou dizendo que está sendo MEGA agradável ou SUPER fácil vê-los juntos, que não morro de ciúmes por dentro e que não fico com vontade de sair correndo quando sei que eles estão no mesmo ambiente que eu. Mas é só porque eu não tenho como controlar o que sinto, mas graças a Deus tenho como controlar minhas reações externas e não deixar as pessoas perceberem o que tá rolando por dentro. Vai passar isso também. Já, já, eu me acostumo. Já, já, eu desencano. Já, já, arranjo outra preocupação. Mas por enquanto é isso: controlar os impulsos e optar pela sanidade. E principalmente pela relação que é mais importante para mim. I'll survive.

quinta-feira, 25 de setembro de 2014

As primeiras vezes

Vivo cercada de adolescentes e acompanho seus dramas pelo Facebook, pelo Twitter e pelo Instagram.

É engraçado e delicioso lembrar dessa época tão intensa, onde a gente mal sabe lidar com tanta emoção ao mesmo tempo - na verdade, o problema é que tudo é emoção demais. A gente morre de raiva quando a mãe diz "isso vai passar, você ainda vai viver tanta coisa!" -, aquela agitação dos sentimentos, desejos, inseguranças...

Comecei a pensar nessas primeiras experiências e lembrei de como foi para mim. É claro que na minha época tinha bem menos exposição, porque a Internet ainda era coisa nova que pouca gente usava. Hoje a gente já sabe de tudo em um piscar de olhos e estamos sempre expostos demais ao julgamento alheio.

Minha PRIMEIRA PAIXÃO eu nem sequer tinha chegado à puberdade. Eu tinha 9 anos e já escrevia no meu diário sobre o Guilherme. Ele era amigo do meu irmão e nosso amor era tipo aquele filme "Meu primeiro amor": aquele que a gente gosta é sempre aquele que mais implica com a gente. Eu vivia sempre cheia de suspiros quando estava perto dele, coração acelerado, músicas da Sandy fazendo sentido ("esse turu turu turu aqui dentro, que faz turu turu quando você passa..."). Infelizmente eu não era a única morrendo de amores por ele, e minha pré-adolescência já indicava que os homens iam me dar muito trabalho desde cedo: quando seu primeiro amor é galinha, pode saber que o negócio vai ser tenso.

Por mais amor que tivéssemos um pelo outro, meu PRIMEIRO BEIJO não foi com ele. Acabou que foi aos 10 anos com um menino da minha escola. Como todo primeiro beijo, foi meio desastroso. Um dia depois da aula, fomos para trás da banca de jornais. Eu suava frio, as extremidades dormentes, aquele vuco-vuco interno. Ele foi se aproximando, colocou as mãos na minha cintura, eu coloquei as mãos no peito dele, o empurrando para trás, tentando meio que o impedir de se aproximar e repeti a palavra NÃO sucessivamente umas cinco vezes, até que ele me ignorou e me beijou. Trauma passado, fiquei pensando no quão errado tinha sido não ter meu primeiro beijo com meu primeiro amor.

Pelo menos depois disso tomei mais coragem para dar mais um passo e sim, meu PRIMEIRO NAMORADO foi o Guilherme, quando eu tinha 11 anos. Éramos completamente apaixonadinhos. Para ele, escrevi minhas PRIMEIRAS CARTAS DE AMOR, dediquei minhas PRIMEIRAS CANCÕES e disse meu PRIMEIRO "VOCÊ É O AMOR DA MINHA VIDA". Essa história durou anos, mas enfim, não éramos o amor da vida um do outro: hoje ele está casado e aparentemente feliz. E eu ainda não achei o tal amor da minha vida.

O PRIMEIRO CHIFRE também é uma coisa que a gente não esquece. Ainda mais quando é como foi comigo: um festival de chifre trocado. Fico pensando, lembrando como minha vida amorosa era agitada na minha adolescência e chego à conclusão que ou eu era muito precoce ou eu gastei todas as minhas fichas no passado, considerando a pasmaceira que estou vivendo há uns 2 anos. De qualquer forma, eu dei o primeiro chifre (e único) da minha vida num momento de fragilidade, do alto dos meus 13 anos (quando muitas meninas nem sequer tinha dado o primeiro beijo, eu já tinha cometido meu primeiro adultério. What does it tell about me?). Engraçado é pensar que quem tomou o chifre foi o menino que mais amei nessa vida. Ele terminou comigo, depois me perdoou, mas não conseguia não ser louco de ciúmes. Terminamos e depois de um ano veio a vingança: ele voltou pra mim só para me devolver o chifre. Doeu, mas eu já tinha meu amor próprio e nunca mais nos falamos. Ele é o único ex com o qual eu não falo até hoje.

A PRIMEIRA LOUCURA também é um momento marcante. Aos 15 anos, eu conheci o maravilhoso mundo da Internet através do saudoso ICQ. Sempre tive fetiche por gaúchos e lá fui eu digitar no SEARCH: "Rio Grande do Sul, 18 anos". Foi quando eu conheci o Daniel, a loucura mais louca da minha vida. Nós teclamos durante SEIS ANOS. Aquele amor platônico, sabe? Quando você não sabe como pode sentir aquilo por alguém que você nunca viu! E naquela época, mandar foto pela internet era a coisa mais difícil do mundo! Se não me engano, fui ver foto do Daniel uns 3 anos depois de teclar com ele. Trocávamos cartas, juras, promessas, mas só fomos nos encontrar pessoalmente quando eu tinha 21 anos. Inventei uma desculpa pra minha mãe, comprei uma passagem e fui para Porto Alegre encontrá-lo. Namoramos à distância durante 1 ano e meio, mas fomos vencidos pela falta de afinidade, mesmo depois de termos vivido muita coisa bonita e realizado sonhos juntos.

A PRIMEIRA VEZ é um dilema, especialmente para meninas religiosas. Vivemos em um mundo que está constantemente bombardeado por imagens e padrões sexuais, e querer ESPERAR, hoje, é sinal de caretice. Meninas, religiosas ou não, em verdade vos digo: sejam caretas, vale a pena. Não há problema nenhum em esperar. A primeira vez de uma menina pode ser traumatizante - experiência própria!! - e sim, se você encontrar alguém que confie, que goste e que cuide de você, tendo todo carinho e paciência, essa experiência pode se tornar muito menos desagradável. Eu não estou dizendo que todo mundo sofre com a primeira vez, mas a maioria sim. Então, pra que a pressa? Sinto que as meninas de hoje em dia estão atropelando as fases, e por mais que eu tenha começado minha vida amorosa muito cedo, esse aspecto foi diferente para mim. Na minha época, quando eu ficava com um menino, eu não deixava ele pegar nem na minha perna. Hoje em dia, qualquer casalzinho adolescente que ainda cheira a leite tá com a mão dentro da calça um do outro, engravidando, pegando DST... What I am saying is: namorar é bom demais! Curtir cada momento, cada fase, é maravilhoso! E quando você tem mais maturidade para assumir as consequências do ato sexual, melhor você aproveita, certo?! Sim, se você resolver esperar, você vai sofrer preconceito. Quando eu tinha 23 anos e falava que era virgem, ninguém acreditava. Ainda mais me conhecendo, sabendo que já namorei muito, que eu sou extrovertida, que adoro ir pra balada e afins, aí que não acreditavam mesmo! Mas olha, querem saber? Isso não me incomodava, e foi a melhor decisão que tomei na minha vida. A minha primeira vez foi com a pessoa certa, que me amava, me respeitava, tinha paciência e fez tudo ser especial.

Essas primeiras experiências são muito importantes, pois influenciam diretamente em nossa vida adulta, em nosso comportamento, nossos medos, nossas inseguranças... O importante é saber que cada momento vai marcar sua vida de uma forma e que toda experiência é válida (clichê, mas verdade): se não servir de nada, aparentemente, ao menos uma lição você vai ter para melhor na próxima tentativa! Viva tudo com intensidade, se respeitando, respeitando o outro e buscando sempre ser muito feliz!

terça-feira, 15 de julho de 2014

O borogodó dos gringos

Copa do Mundo, cidades lotadas de gringos e quem é que vai dizer que não tem a menor curiosidade de experimentar os sabores e temperos de outros países?!

A verdade é que o diferente atrai. A gente fica curiosa para saber da cultura, atraída pelo sotaque engraçado, se derretendo por um que tenta falar português - mesmo que saia tudo errado -, e acabamos caindo nos encantos desses gringuetes fofos.

A primeira vez que experimentei um sabor diferente foi lá pelas bandas da África.

Eis que estava eu na aula de italiano quando entra aquele Deus de ébano, todo tatuado de tribais africanas, trança raiz, abdômen sarado e falando um italiano sensual - como se o português com sotaque de Portugal não fosse atraente o bastante. Passamos meses trocando olhares durante as aulas, até que um dia rolou uma palestra sobre cultura italiana no Brasil. Ao fim da palestra eu saí e de repente percebo que estou sendo seguida. Fiquei incomodada, olhei para trás e vi que ele estava atrás de mim. Sorri e continuei andando como se nada tivesse acontecido, até que ele me chamou e disse que precisava falar comigo. Eu parei, sentamos num banquinho e ele falou que era super a fim de mim, que me achava linda e blablabla. Blablabla tão carregado no sotaque que quando eu vi já estava nos braços dele, no meio da UnB, com todo mundo passando e olhando, tipo filme. Ele era de Cabo Verde, filho de diplomata; eu gostava de chamá-lo de Príncipe de Cabo Verde. Ele gostava do apelido, acho que dava uma mexida no ego dele. Nos encontrávamos nas aulas, trocávamos umas frases cheia de segundas intenções, mas nossos beijos calientes só voltaram a acontecer de novo quando nos encontramos em uma festa da UnB. Meu príncipe de Cabo Verde se mudou para Portugal - bom, essa foi a última notícia que tive dele. Sabe lá Deus em que terras ele anda conquistando as moçoilas por esse mundão afora.

Depois de muitos anos apreciando apenas comida caseira, eis que essa Copa nos traz um banquete, um verdadeiro mar de opções para matar nossa curiosidade.

Fui ao estádio no jogo Equador x Suíça e esse meu fraco por loirinhos bateu com força. O suíço do camarote ao lado me arrebatou com apenas um sorriso, mas mandou toda essa minha marra pro fundo do poço, pois não tive coragem de esboçar nem sequer um HELLO. Ainda trocando olhares com o gracinha, conheci um alemão que estava no mesmo camarote. Ele era super gente boa, mas nenhum Deus Grego (ou melhor, Alemão). Disse ficar o tempo todo dentro do quarto onde estava hospedado porque poucas pessoas falavam inglês na cidade e ele não tinha coragem de se aventurar por aí. Pois bem, a minha curiosidade por gringos (na verdade eu tinha muita esperança de ele ser amigo do suíço) e minha hospitalidade brasileira me levaram a convidá-lo para uma cerveja com samba. Trocamos telefones e começamos a nos falar pelo Whatsapp. Marcamos o samba na quarta, porém na terça tinha jogo do Brasil e ele me perguntou se poderíamos assistir juntos. O convidei e falei para ele levar os amigos.

Lá fomos nós assistir o jogo na casa da namorada de um amigo e meu coração acelerado achando que ele iria levar o suposto amigo suíço. Não, eles não eram amigos e ele apenas levou dois amigos gregos. O jogo foi 0x0, mas a cerveja não acabou e nem nossa vontade de curtir a noite. Quando percebemos já estávamos enfiando os gringos em um show do Thiaguinho e eles enlouquecidos (especialmente um dos gregos) com a beleza da mulher brasileira. Um deles repetia que estava apaixonado por todas nós, dizia que não voltaria para a Grécia e queria andar com a bandeira do Brasil para cima e para baixo. Eu, depois de muitas cervejas e pagodes, resolvi beijar o alemão.

Ao contrário dos africanos, os alemães não tem aquela pegada. Well, pode ser que alguns tenham - toda regra tem sua exceção -, mas segundo minha experiência e alguns outros relatos de amigas, a Alemanha, que é tão boa no futebol e na elegância, ficam devendo no quesito pegação. O beijo foi estranho, devo dizer. Sem entrar muito em detalhes, mantive a esperança de que tudo poderia melhorar, pois ainda teríamos 3 semanas de Copa para nos acostumarmos um com o outro.

Foi daí que nasceu uma grande amizade com esse três. Um outro gringo - coreano - se uniu a nós, e de repente estávamos por toda parte com aquela gringada. Os caras eram super divertidos, topavam qualquer parada e amaram nosso jeito brasileiro e meio louco de ser. O grego doidinho se meteu a começar um romance com uma outra brasileira, e seguimos ficando com os dito cujos até o final de sua estada por terras tupiniquins.

Em certo dia de vale night, fui ao Asiático comemorar o aniversário de uma amiga em dia de jogo da Argentina em Brasília. Resultado: uma bolha de argentinos explodiu dentro da boate e sabe lá Deus porque, 90% deles encasquetaram com a ruivinha que vos escreve. Os hermanos, devo dizer, ao contrários dos alemães, são bem mais parecidos com os brasileiros (mais do que gostaríamos até, diga-se de passagem). Eles não deixam nada a desejar no quesito pegada e beijo caliente, mas também estão bem familiares com o processo de tentar te convencer a dar "um fugidinha" e, não conseguindo, dão o velho e bom (??) perdido. Sem me importar muito com fidelidade na Copa do Mundo (afinal, essa Copa do Mundo foi um verdadeiro carnaval em pleno meio do ano!), experimentei Chemichurri, chorizo e porque não, só para não perder o costume, um molho de dendê. Minha amiga foi direto na França experimentar um crepe suzette, mas reza a lenda que era tão decepcionante quanto o alemão. Preciso saber se os Europeus latinos (italianos e espanhóis) são igualmente fracos! Mas acho que essa vai ficar para uma outra ocasião...!

Meu romance com o alemão estava fadado ao fracasso, pois a química era quase inexistente. Ele me adorava, me tratava com uma rainha e isso era bom para mim. Eu gostava da companhia dele, de ser vítima do fetiche dos gringos pela mulher brasileira e de usar toda minha marra para tirar onda com ele, mas o essencial me fez muita falta. Carreguei até onde deu, mas nosso fim foi bem menos legal que nosso começo.

A verdade é que os gringos europeus (e nosso querido coreano) foram fofos e a melhor parte dessa Copa, pois a amizade que construímos não tem preço. Porém, ficou-se mais que provado que o Latino Americano é realmente o dono do maior borogodó e que no fim das contas, "com brasileiros não há quem possa...". Porém, variar o cardápio não faz mal, e ainda pretendo provar muitos sabores desse nosso mundão de meu Deus...!

Bon apetit!

quinta-feira, 26 de junho de 2014

Miss professorinha

A profissão de professor é uma das profissões mais desvalorizadas do Brasil. Apesar de ser a mais importante - pois sem ela, as outras não existiriam!! -, os professores recebem um salário ridículo, condições de trabalho nem sempre favoráveis, plano de carreira bem mequetrefe e ainda tem que aguentar aluno revoltadinho que não tem consciência de que o papel dele mesmo é tão importante quanto o do professor no processo de aprendizagem.

Dito tudo isso, é interessante observar uma controvérsia da vida de professor: o status sexual que essa profissão tem. Está sacramentado: a inteligência (e o poder do conhecimento) é um afrodisíaco poderoso. Afinal, quem nunca teve uma quedinha por algum professor??

Nessa minha vida de 6 anos dando aulas de inglês, já passei por vários percalços, vamos dizer. Os alunos se "apaixonam" por você DO NADA. Você vira a musa inspiradora da vontade deles de falar inglês como você. Falar outra língua já é atraente por si só; quando você ensina, parece que junta a fome com a vontade de comer.

Uma vez tive um aluno que tinha idade para ser meu avô. Ele me trazia presentes a cada 15 dias. Caixas de bombons importados, souvenirs de viagens, presentes com tema inglês ou estado-unidense, todo tipo de coisa. Sem contar com os comentários desnecessários em alto e bom som, na frente de todo o resto da turma, que não só me deixava super sem graça, mas também os outros alunos extremamente constrangidos com a falta de noção do carinha. Além de o cara ter idade para seu meu avô, era casado. Ele dava em cima de mim deliberadamente. Achei que seria de bom tom dar um corte. O problema é que fica difícil dar um corte sem parecer arrogante e sem deixar que isso influencie em seu rendimento em sala de aula. Portanto, o meu corte foi bem sutil: eu apenas parei de aceitar os presentes. Um dia ele me trouxe uma caixa de bombons de licor de cereja (adoro!) da Lindt e eu neguei. Disse que não poderia mais aceitar os presentes porque estava ficando muito constrangida. Ele insistiu, mas eu insisti mais. Então ele entendeu o recado. De vez em quando ainda soltava uns comentários inapropriados, mas eu mudava de assunto imediatamente para que ele compreendesse que eu não me sentia à vontade com aquele comportamento.

Apesar de desconfortável, esse era relativamente fácil de se livrar. Ele tinha mais do triplo da minha idade, era casado, eu não tinha nenhum interesse nele. Pior é quando você se pega sendo assediada por um aluno que você ficaria facilmente se não estivesse no seu ambiente de trabalho. Um aluno lindo, simpático, inteligente e... CASADO!
Deus sabe o esforço que eu fiz. Dar mole para ele era inevitável, automático. Aquele sorriso acabava comigo. Um dia marcamos de sair juntos para uma cervejinha "inocente" eu, ele e uma outra professora da escola. Ela não pôde ir, em cima da hora, e eu chamei uma amiga para me acompanhar, porque a carne é fraca e eu não podia fazer nada do que fosse me arrepender. Ele era meu aluno e ainda por cima casado. Depois de umas cervejas, a dignidade se esconde, e atire a primeira pedra quem nunca fez besterias homéricas sob o efeito do álcool.

Fiquei mais de 6 meses sem dar aula e ontem voltei às salas de aula. Infelizmente, já na minha primeira turma, eu tinha um aluno só, um cara de uns 60 e todos anos, todo simpático e que me pediu para jamais chamá-lo de senhor. Ao término da aula, eu pedi para remarcarmos nossa aula de segunda-feira, pois eu tinha uma consulta médica. Ele me responde: "Eu odeio repor aula, mas você é uma excelente professora e muito bonita. Então eu abro essa exceção". Comentei com a coordenadora, e ela disse: "Ah, esqueci de te avisar que esse cara tem mania de dar em cima das professoras". Oh, céus. Pobre Danyzinha, mais uma maluco no pedaço.

Não vou ser hipócrita. Elogios são muito bem-vindos, especialmente em tempos de auto-estima baixa. Presentinhos de vez em quando, no aniversário ou dia do professor, não fazem mal a ninguém. O difícil é achar o limite. Essa coisa de misturar o pessoal com o profissional é muito perigoso. Numa situação como essas, você fica tão constrangida que até mesmo sua performance em sala de aula pode ser comprometida. O conselho que dou é: seja profissional, acima de tudo. Tenha coragem de impor sua autoridade em sala de aula, claro, sem exagerar na dose e soar arrogante. Se a situação estiver fora do seu controle, fale com a coordenação da escola - eles tem o dever de te apoiar e ajudar a resolver esse problema. Assédio sexual é crime. Ninguém tem o direito de te assediar em lugar nenhum, muito menos em seu ambiente de trabalho. Fora isso, curta pelo menos os seus 15 minutos de "fama" à frente de uma sala de aula, que te escuta atentamente e te admira. O reconhecimento (e a evolução dos alunos) é um dos únicos benefícios de ser professor. ENJOY - com moderação!

terça-feira, 27 de maio de 2014

Desvendando o universo masculino - tudo o que você sempre quis perguntar e nunca teve coragem - PARTE FINAL

Vamos chegando ao gran finale da nossa série de posts provenientes das entrevistas que realizei com esses 15 rapazes super legais que toparam falar abertamente sobre o comportamento sexual e amoroso deles, para o nosso deleite!

Para aqueles que vierem aqui e disserem "Mas não eram 15 perguntas? Você só pôs 12" - foram 15, mas uma ou outra era uma pergunta agregada, que eu puxava de acordo com a resposta do cara.

Então vamos ao que interessa!

1) A primeira pergunta era sobre mulher fácil. Muitos homens divergem quanto a classificar uma mulher como fácil, quais são as características que a tornam fácil (no sentido ruim da palavra mesmo). Podemos ver que muitos deles ainda são bastante machistas, mas que outros, pelo menos em tese, têm uma visão diferente.

Para o estudante CF, 26 anos, solteiro, tudo depende da sua discrição: "Mina que tá solteira e pega todos que ela quiser, tá no direito dela, mas tem que ser inteligente; eu diria elegante. Do mesmo jeito que os homens tem de ser. Não rola de sair por aí espalhando". Alguns não escondem o machismo, como o professor de educação física JR, 26 anos, solteiro: "Se der de primeira pra mim é fácil, sim. Pelo menos eu não gosto de mina muito fácil". O coordenador pedagógico MC, 27 anos, solteiro, é categórico: "Piriguete que pega todo mundo. Sou machista ainda, sei que homem também faz e tal, mas mulher acho piranha mesmo". O bancário, BP, 27 anos, enrolado, diz: "Acho que garota fácil é quem fica com todo mundo. Se ela sai ficando com todo mundo, pra mim é uma garota fácil. O mundo é machista né, e eu me incluo um pouco nisso". Apesar dessa visão extremista, ele pondera outo ponto: "Não necessariamente só porque foi "fácil" ficar com uma pessoa, ela seja fácil. Às vezes foi fácil porque ela já nutre algo por ti, e dessa forma foi mais simples". O professor de educação física, GA, 32 anos, namorando, também acha que menina que pega geral é fácil demais, mas jura que não tem nada de machismo: "Isso vale pra homem também. O cara que pega geral é um FDP, não admiro". O estudante de direito, AS, 22 anos, solteiro, tem um termômetro um pouco diferente: "Geralmente mina fácil é a que já ficou com vários do meu círculo de amizade. É o parâmetro que posso utilizar, poque são as pessoas que eu tenho contato".

Eu, particularmente, acho que isso não tem nada a ver. Se a garota é solteira e infelizmente se sentiu atraída por mais de uma pessoa do mesmo círculo de amizade, ela não deve nada a ninguém e pode ficar com quem ela quiser. Não é uma situação ideal, pode haver fofoca, ciuminho, entre outras coisas, mas não acho que a pessoa mereça ser julgada como vadia por isso. Também acho que uma mulher solteira, que não está a fim de compromisso, tem o direito de ficar com quem ela quiser. Dá para notar a diferença entre uma mulher vulgar, desesperada, e uma mulher livre, que está num momento de curtição. É muito triste sermos julgadas por essa liberdade, quando os homens tem todo o direito de fazer isso e não serem julgados por esse comportamento. Ou melhor, podemos atá de certa forma julgá-los, mas isso não é critério de eliminação e nem o torna uma pessoa necessariamente ruim.

Alguns meninos foram mais sensatos e específicos. O empresário DV, solteiro, 27 anos, ilustra bem o que eu acabei de defender ali em cima: "Se pegar geral, ela está no direito dela. Mas não é o fato dela pegar geral que a torna fácil. O que faz ela ser fácil é a forma como ela fica com os caras". O músico TJ, 31 anos, namorando, acha que ser "fácil" tem a ver com uma certa insegurança da mulher: "É uma garota sem opinião e segurança, que quer agradar sempre. Pegar geral é de boa. Cada um faz o que quer da sua vida". O tradutor SD, 28 anos, solteiro, concorda e faz uma crítica: "Mulher fácil é aquela sem respeito e amor próprio. Aquela que faz de tudo, por nada ou migalhas. Se ela quiser pegar geral tá no direito dela. Quem acha que não, é moleque. Rola, de fato, esse preconceito sem sentido". BRAVO!!

2) A próxima pergunta tem uma tênue ligação com a anterior: o que vocês REALMENTE acham de mulheres que tomam a iniciativa? Que fique claro que eu estou falando de INICIATIVA, não de abertura. Não daquele olhar, um sorrisinho. Mas de a mulher chegar no cara mesmo. Também perguntei qual era o melhor approach para não assustar o rapaz.

As opiniões foram divididas, mas a maioria gosta de mulher com atitude. O estudante CF de 26 anos acha que tem que ser simples: "Acho MUITO massa. É só chegar e conversar na manha". O músico TJ de 31 anos assina embaixo: "Acho realmente sensacional! A melhor forma é ser você mesma sempre." O professor de educação física GA diz: "Acho muito bom, realmente essa mulherada tá de parabéns. Um sorriso e ela se aproximando e puxando conversa já é ideal pra não ser vulgar. Admiro gente que sabe o que quer". O coordenador pedagógico MC, 27 anos, concorda e critica: "Acho legal. Sabem o que querem e vão atrás. Acho que na balada o melhor approach é um sorriso, e depois chega e conversa... Se algum homem se assustar com isso, não é homem". O tradutor SD, solteiro, 28 anos, adora e elogia: "Acho fantástico. Acho que o melhor jeito é sendo divertida. O foda são os caras babacas que acham que isso é vulgaridade; isso é sexy pra caramba porque mostra que a mulher é inteligente". O professor de educação física JR, 26 anos, solteiro, diz que não tem como confundir uma mulher com atitude e uma mulher vulgar: "Eu acho massa! Inclusive várias minas já tomaram a atitude de chegar em mim, o que não quer dizer que elas sejam fáceis, aliás não vejo problema algum em meninas de atitude. É difícil explicar, mas querendo ou não, você percebe quando a mina é fácil ou quando ela é atitude".

Mas como não dá para agradar a gregos e troianos, nem todos estão preparados para a "igualdade" de comportamento. Para o bancário BP, 27 anos, mulher que toma iniciativa não tem vez com ele: "Tem que ficar olhando, e sei lá, faz alguma brincadeira, algo assim. Chegar falando "oi, tudo bem" é meio esquisito, não que isso assuste, mas é meio vulgar. Tomar a iniciativa sutilmente, ir pra perto, dançar até o homem tomar o primeiro passo. Mas não acho legal mina que chega como se fosse homem: 'oi, tudo bom, e etc'". O professor de educação física FB, 27 anos, solteiro, justifica: "Eu acho legal, mas dependendo da forma que ela fizer, pode me intimidar. O melhor approach é deixar a impressão de que o cara está no controle, não pode ferir a virilidade. Se ela chegar de sola direito ao ponto, o cara se sente diminuído na sua figura masculina de conquistador, aquela coisa bem machista que fica gravada no fundo da pessoa que ela nem sabe que existe".

O empresário DV, 27 anos, solteiro, toca num ponto muito importante que deve estar na cabeça da mulher que deseja tomar a iniciativa: "Acho que elas tem muita coragem, pois se colocam em uma posição que normalmente são dos homens. Ao tomarem a iniciativa, elas saem da posição confortável que tem de dizer 'sim ou não' para quem chega, e passam a ficar na posição de receberem 'sim ou não'. Elas se arriscam. E eu acho isso muito legal. Primeiro elas tem que entender que não é porque são mulheres que sempre vão ficar com qualquer um que chegarem. Elas podem ser rejeitadas e isso é um fato". Ele também acha importante que ela chegue com humildade, ou pode acabar se estrepando: "Como quando um homem paquera, elas precisam ser simpáticas, terem uma conversa boa, um sorriso no rosto, se mostrarem interessadas no que o homem tem a dizer. Se for bonita então, dificilmente terão um não como resposta. Mas se se acharem a mais linda e gostosa do mundo, pode ser que fiquem chupando o dedo".

3) A última pergunta era sobre a relação com ex de amigo. Todas sabemos que a raça masculina é extremamente cooperativa com os amigos e que eles são muito leais (pelo menos uns com os outros, né?). Então a pergunta era a seguinte: "Ex de amigo meu pra mim é..."

A maioria esmagadora disse que não fica com ex de amigo sob nenhuma hipótese. Porém, alguns ponderaram. O estudante de direito AS, 22 anos, diz: "Se ele já tiver terminado e estiver com outra, e eu estiver muito a fim, eu falo com ele e vejo o que ele acha. Ficar sem consultá-lo, jamais". O professor de educação física FB, 27 anos, aponta as consequências: "Mesmo se ele tiver terminado e feliz com outra, fica uma parada chata. Se realmente eu for me envolver com a ex de um amigo é porque vai ser a mulher da minha vida e provavelmente a amizade vai se distanciar".

Ao contrário da maioria, o empresário DV, 27 anos, solteiro, tem outra visão: "Ela é uma mulher solteira que, se estiver interessada em mim e eu nela, não vejo problema nenhum em ficarmos juntos. Claro, desde que meu amigo não queira mais ficar com ela". O bancário BP concorda: "Só não azaro ex de amigo se ele ainda sentir algo por ela; se não, não ligo. E penso o mesmo por mim, não sinto mais nada pelas minhas ex, então quem quiser ficar com elas, pode".

Alguns foram radicais e disseram que não há a menor hipótese de ficar com ex de amigo. O coordenador pedagógico MC diz: "Pra mim, é que nem homem. Acho palha pra caramba dar em cima. Mesmo que ele já tenha terminado há tempos e esteja com outra." O músico TJ concorda plenamente: "Pra mim, é papelada alheia. Pode se jogar no meu colo que é papelada alheia, mesmo se já tiver terminado".

Para a maioria, se a pessoa for só um colega ou conhecido, não tem problema. Porém, para o tradutor SD, 28 anos, não tem conversa: "Defunto. Mesmo que já tiver terminado e feliz com outra, nada muda. Colega, conhecido, tanta faz, não rola".

Bom, gente, chegamos ao fim! Eu me diverti muito entrevistando e escrevendo os posts. Algumas respostas só atestaram o que eu já sabia, mas muitas me surpreenderam e me fizeram acreditar que ainda tem caras bacanas por aí! O machismo ainda é um grande problema e ainda vamos ter muita dor de cabeça por causa disso.
Quero agradecer de coração aos meninos que me ajudaram, espero que também tenham se divertido e que aprendam com as respostas uns dos outros.

Até a próxima, pessoal!

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Federal Music - uma saga de clichês brasilienses

Eis que sábado foi dia de clássicos brasilienses na balada.


- Há sempre uma lição a ser aprendida em toda situação ruim.


Nesse caso, apenas uma: não vá em festa de censura 16 anos. Se eu tiver alguma leitora menor de idade, não precisa se ofender: você vai entender isso quando você for maior de 21 anos e não aguentar mais os meninos de 16. Trust me.

- Não existe gentileza. Existe negociação.

O cara de uma barraquinha lá fora oferece dois bancos para você e sua amiga sentarem. Gentil, né? Só até ele começar a insistir veementemente para que você consuma alguma coisa na barraca, com um tom intimidador.

- Fazer xixi em banheiro químico continua uma aventura desagradável.

Entre o malabarismo de ter que se equilibrar para não encostar naquela tampa - e contrair uma doença venérea ou algo parecido -, ficar na ponta dos pés para não errar a mira, torcer pro xixi seguir o fluxo natural, o fato de não ter papel higiênico (apesar de ter espelho) e lidar com gente batendo na porta desesperado enquanto você tenta se concentrar na tarefa, o cheiro - ou melhor, fedor - não ajuda nada, e você sai de lá sem ter feito todo o xixi que havia dentro de você e com vontade de vomitar.

- Aturar crianças entre 16 e 18 anos dando em cima de você, não é mole.


Venhamos e convenhamos, todo mundo aqui sabe que eu gosto de novinho (nada de menor de idade. Oras, tudo tem limite!). E eu juro que os novinhos que eu já fiquei tiveram a capacidade de manter uma conversa normal e aceitável para conseguir chegar ao objetivo final. Não se trata do número de anos vividos, mas do que tem dentro da cabeça dessas criaturas. Eu juro que um cara tentou me convencer usando a frase: "Você acha que novinho não sabe fazer direito?" e que um outro tentou me dar uma CARTEIRADA com a carteirinha de CALOURO de medicina, achando que isso fazia dele um ser super atraente. Sem contar com a constante necessidade de lutar karatê com esses calanguinhos de 7 mãos que querem porque querem relar em você sem a sua autorização.


- Homens bonitos demais continuam achando que não precisam se esforçar.


Eis que quando eu e minha amiga estávamos quase saindo da festa, nos encaminhando em direção à saída, dois rapazes de 27 anos nos abordaram! "Êeeeeeeee" gritamos por dentro, mais felizes ainda com o fato de que o que chegou em mim era SUPER GATO e o que chegou na minha amiga era professor de dança de salão - a.k.a, he got the moves like Jagger. Depois de muita conversa finalmente decente, partimos para o corpo a corpo e... UEN UEN UEN UEN... o super gatinho beijava mal!! Fazia tempo que não passava por esse desprazer - até porque, não ando pegando super gatos por aí -, mas já aconteceu mais de uma vez (e com as minhas amigas também!) de o cara ser um total disappointment! Não há coerência entre a beleza e o beijo, simplesmente não combinam. A expectativa é uma cruel bitch!

Note: é preferível um beijo entorpecente do que uma carinha linda para olhar. Just saying.

- Os homens continuam pedindo o seu telefone na balada sem ter a menor intenção de te procurar.

Só para deixar registrado.
Se bem que dessa vez até que é melhor ele ficar no canto dele. Just saying again.

- As meninas de 16 anos não param de usar roupas que mostram a bunda.

Hey, eu adoro roupa curta. Mas será possível que as meninas de hoje em dia precisam usar aquelas roupas que, além de serem embaladas a vácuo, acabam a uma distância de um dedo abaixo da polpa da bunda, fazendo com que elas não consigam nem sequer se movimentar direito? É possível ser sexy sem estar minimamente confortável?

Dentre tantos clichês, não podia faltar o fato de que não há balada, nem vodka, nem beijo ruim que te faça tirar a mente de um assunto mal-resolvido. Just saying and wraping it up.



terça-feira, 13 de maio de 2014

Desvendando o universo masculino: tudo o que você sempre quis perguntar e nunca teve coragem - parte III

Bom dia, leitores queridos! Vamos oa terceiro post da série que se originou da pesquisa que fiz com 15 homens de diferentes idades, profissões, personalidades e status de relacionamento.

1) A primeira pergunta era: "Você apresenta (em um evento específico de amigos, tipo reencontro, festa particular, aniversário do seu amigo etc) uma garota qualquer para seus amigos? E para sua família?" - Será que esse é um sinal de que as coisas estão ficando sérias, meninas?

Luckily, a maioria respondeu que não apresenta qualquer uma para amigos e família. Alguns apresentam para colegas que não sejam muito íntimos, mas amigos e família geralmente é coisa séria. Para o empresário DV, 27 anos, solteiro, não tem a menor chance de apresentar uma menina que não significa nada para ele: "Lógico que não. Pra entrar no meu círculo de convivência é preciso ser especial. Não é qualquer uma que ganha o direito de conhecer minha família e meus amigos. Se chegou a esse ponto, é especial". Para o professor de educação física, JR, 26 anos, solteiro, só há uma exceção: "Só se eu já pegar ela na balada com eles". O estudante de direito, AS, 22 anos, solteiro, lembra que educação nunca é demais: "Claro que não vou ser mal educado; se ela vir me cumprimentar e eu estiver com alguém, vou apresentar sim. Mas levar para um evento, não". Para o bancário BP, 27 anos, enrolado, não há problema em apresentar para os amigos, mas família é algo muito sério: "Amigos às vezes rola de apresentar uma qualquer, quando vou pra bar e etc. Família só namorada". O professor de educação física, GA, 32 anos, namorando, acha que fazer isso sem estar realmente interessado na garota é uma grande falta de consideração e desrespeito: "Se vejo potencial na pessoa pra algo a mais, apresento. Se não, não. Mas uma qualquer só pra dizer que tô com alguém não dá, respeito o sentimento dos outros. Acredito muito na lei do vai e volta". O coordenador pedagógico não apresenta porque tem um forte motivo: "Não apresento de jeito nenhum! Primeiro porque no meu grupo de amigos nego vai zoar demais, e só quem vale a pena pra mim, nesse caso, merece essa zoação. Porque se aguentar, é porque já vale a pena. Família muito menos! Tem que merecer!". O estudante de educação física GM, 23 anos, solteiro, tem um ponto de vista diferente: "Família tem que ser algo mais sólido. Amigos, se não for nada muito particular, eu apresento numa boa. Pra mim faz parte da "avaliação" da companhia".

2) A segunda questão é uma das que mais atormenta nossas mentes malucas femininas diariamente: o que separa uma ficante fixa de se tornar namorada? Porque às vezes achamos que o cara gosta de nós, mas não nos assume? Quais são os fatores considerados por eles na hora de promover a garota à oficial?

O consultor de vendas LL, 26 anos, solteiro, dá uma dica para perceber quando o cara não quer nada sério com você: "Enrolar seria tipo separar ela das coisas que ele gosta de fazer. Chamar ela pra fazer algo só quando não tem nada pra fazer. Esse tipo de coisa...". O coordenador pedagógico MC assina embaixo: "Uma coisa é fato: se não sair pros lugares, apresentar para galera depois de estar pegando há um tempo, vai ter futuro não". Para o bancário AL, 31 anos, enrolado, tudo é questão apenas de sentimento: "Sentimento. Às vezes a menina é bacana mas não te desperta, aí você fica ficando até que apareça uma que te desperte o sentimento. Ou você fica trocando até acertar... Acho que é o sentimento".

Eu, particularmente, acho isso uma sacanagem sem fim. Se você sabe que ela não te desperta aquele sentimento para namorar, porque continuar iludindo uma pessoa legal, que gosta de você, sabendo que vai acabar magoando-a? Será que não seria legal ter um pouco de consideração? Cozinhar alguém em banho maria até achar alguém melhor é muita crueldade. AL se defende: "Quem é que não gosta de alguém cuidando de você??? Então, vocês sempre cuidam da gente... talvez seja um motivo também pra gente manter". Dica para as mulheres: não cuidem de marmanjos que ainda não te levaram a sério. Quem sabe assim consigamos um pouco de sinceridade, né?

O música TJ, 32 anos, namorando, diz: "Quando faz parte da vida. Se falar todo dia, demonstrar ciúmes, se importar com tudo na vida da pessoa. Ai já rolou a promoção de ficante para girlfriend". O bancário BP, 27 anos tem apenas um motivo: "Quando não tenho vontade de ficar com outras, porque sinto necessidade de estar só com ela. Compatibilidade". O estudante AS tocou em um ponto interessante: "No meu caso, é questão de momento mesmo. Eu que não estou querendo namorar. Mas acho que é um conjunto de aspectos... Afinidade, cumplicidade, etc". Eu perguntei se existia esse tal de "momento" quando você realmente gosta de uma pessoa. "Sim, pode acontecer de eu gostar de alguém e começar a namorar, mas quando se sabe o que quer, fica mais difícil. Sou uma pessoa que se considera imaturo pra namorar, pelo menos por enquanto. Por isso meu racional muitas vezes acaba falando mais alto que o emocional". Achei justo evitar a fadiga se você sabe que mais para frente vai dar errado. O professor de educação física JR é contra enrolação: "Então, no meu caso eu não curto muito esse lance de peguete fixa, sei lá, acho que se estou com a mina a algum tempo prefiro namorar do que parecer que estou enrolando ela". O empresário DV acaba juntando todos esses motivos numa panela só: "Eu acredito que não exista fórmula mágica ou receita de bolo para uma relação dar certo ou não. Vai muito do momento que cada um está vivendo. Às vezes a gente encontra uma pessoa só que não se envolve muito pelo momento emocional que está passando. E para saber se o cara está enrolando é fácil: se ele evita saídas para lugares onde conhece muita gente, se não dá muita atenção para as conversas, se não falar muito dela pros outros, etc".

3) As desculpas mais comuns para não engatar um relacionamento sério serão listadas a seguir. Favor apontar as que podem ser reais e as que são com certeza e sempre falsas: “medo de relacionamento (medo de se envolver)”, “trauma por causa da última namorada”, “acabou de sair de um relacionamento longo”, “tem viagem de carnaval ou para o exterior programada”, “tenho medo de estragar nossa amizade”, “você é boa demais para mim”, “nos encontramos na hora errada”.

Nessa os meninos foram bastante diferentes. Embora eu ache que trauma e medo de relacionamento são pura conversa fiada, teve gente que respondeu que esses podem ser motivos reais, e não apenas desculpas esfarrapadas. O estudante CF, 26 anos, solteiro, fala sobre essa história de se encontrar no tempo errado: "Por mais falso que pareça, é verdadeiro. Tem umas pessoas que passam pela vida da gente quando não somos maduros o suficiente para entender". Para o bancário BP a única que cola é a viagem, porque pela viagem você adia o início de um relacionamento sério; o resto é tudo desculpa esfarrapada: "Não existe hora errada quando gosta, não existe medo de se envolver quando gosta, não existe trauma quando gosta, e etc". O músico TJ concorda plenamente: "Todas falsas. Quem quer arruma um jeito, quem não quer arruma uma desculpa". Para o coordenador MC, não há verdades absolutas: "Todas podem ser falsas e todas podem ser verdadeiras. Depende muito das experiências que cada um passou".

Pois é. Pelo que parece, nesse caso, vamos continuar com a pulga atrás da orelha!

Bom, por hoje é só! Espero que tenham curtido o terceiro post da série! Semana que vem tem mais!

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Desvendando o universo masculino - tudo o que você sempre quis perguntar e nunca teve coragem - Parte 2

Caros leitores, para quem não leu o último post, fiz uma pesquisa com 15 homens de diferentes idades, profissões e personalidades, a fim de descobrir um pouco mais sobre esse universo por vezes obscuro e sombrio em que vivem os homens.

Na segunda parte, vamos adentrar um pouco mais sobre os motivos para perdidos sem explicação e também para o contrário.

1) A primeira pergunta questionava sobre a quantidade de garotas que um cara gosta de ficar em uma noite. Sabemos que hoje em dia é raro ir em alguma festa, balada, show e conseguir fazer com que um cara se renda aos seus encantos e fique a noite toda ao seu lado. Então, as respostas relatam o seguinte:


Apesar de casos como o do consultor de vendas LL, 26 anos, solteiro, “fico com quantas eu conseguir”, a maioria esmagadora dos meninos respondeu que prefere ficar com uma garota só na balada – inclusive ele! Clap, clap, clap, coisa linda de Deus – muitos ainda prezam mais por qualidade do que quantidade. Eles disseram que só partem para buscar outra se a primeira não foi lá uma Brastemp. Se a primeira for muito boa e convencer, eles “casam”.

“Às vezes a própria menina me dá um beijo e vaza, sabe? Daí eu procuro outra e acabo ficando com várias na mesma noite”, diz o professor de educação física, JR, 26 anos, solteiro – e ele tem razão. Afinal, o que funciona para eles, também funciona para nós: se o primeiro não foi tão bom, é vida que segue.

O bancário BP, 27 anos, enrolado, diz que não desgruda dos amigos: “Se eu fico com uma, e meus amigos vão andar, porque ninguém ficou com alguma amiga, eu saio e vou com eles. Se ela for gata e gente boa, antes de sair pego o telefone”.

O estatístico FM, 24 anos, solteiro, diz que gosta de ficar com duas: “Primeiro rola uma feinha para dar coragem. Depois eu chego na que eu realmente quero, quando estou me sentindo mais confiante”. Achei esse método muito do esquisito, mas ele jura que “homem também tem baixa auto-estima e nem sempre a bebida é suficiente para dar coragem”. Cada um com sua tática, né?


2) A segunda pergunta era: "o que te faz chamar uma garota para sair (a mesma garota que você pegou o telefone na balada) e depois inventar uma desculpa para não sair com ela, no final das contas?" Isso acontece, não é, meninas? Infelizmente, a gente acha que mandou bem, conseguiu um convite pra sair e o carinha vai lá e cancela, não remarca e você fica se perguntando: "WTF? O que eu fiz para ele perder o interesse?".

Em verdade, em verdade vos digo, gatas: três rapazes - eu considero um número alto para uma lame excuse (desculpa esfarrapada) dessas - disseram que era pura PREGUIÇA. O bancário, BP, 27 anos, explica: "Rola de marcar pra sair e depois dar pra trás; na verdade é bem comum. Ou a mina mora longe, ou prefiro ficar em casa. Preguiça mesmo! A mina pode ser muito gata, mas se estou em casa vendo tv, de preguiça, só saio se tiver certeza que vá rolar sexo. E olhe lá". Tem outros detalhes que contam também. O estudante de direito, AS, de 22 anos, é claro: "Beleza, simpatia e carisma. Deixo de sair se eu descobrir que me enganei quanto a essas características". O estudante CF, 26 anos, solteiro, alega que "isso aconteceu pouquíssimas vezes comigo. Mas quando o beneficio marginal (sexo) é menor que o custo marginal (em geral ter de ouvir a mina falar)". Ser muito disponível e pegajosa também é motivo para um perdido, segundo o estatístico FM, 24 anos. O professor de educação física, FB, 27 anos, solteiro, diz: "Acredito que a gente acaba criando algumas expectativas com a garota e quando a conhece melhor vê que não é aquilo que você imaginava, dai acaba caindo fora." O bancário AL, 32 anos, enrolado, diz que nesses casos a chance de o cara ter conseguido um "esquema melhor" é bastante alta. Ele também alega que dá para perceber se os dois são compatíveis já na hora de escolher o local para saírem: "Acho que porque na balada parecia de um jeito e depois fora da balada parecia de outro. Depois de uma conversa melhor, não parecia tão bacana quanto prometia ser. Às vezes você percebe se é na hora que decidem pra onde vão". O músico RF, 26 anos, solteiro, admite que às vezes nem motivo tem: "Já fiz isso... do nada perdi a vontade de ficar com a pessoa, simplesmente perdi o interesse". O coordenador pedagógico MC, 27 anos, solteiro, lembra de algo interessante: "Quando realmente a mina é legal, não tem esforço, é bom sair; mas caso o objetivo seja apenas vontade de sexo, dá preguiça de sair e ficar naquele jogo todo de fingir que não é só isso que quero e elas fingirem que não sabem. Porque na verdade sabem".

Quanto a isso, quis questionar se os meninos demonstram diferença no comportamento quando querem só sexo ou quando a garota pode ser para valer. Muitos disseram que o comportamento muda muito: os assuntos são superficiais. Um cara que só quer te levar para a cama, não quer saber da sua vida. Já outros, dizem se comportar exatamente da mesma maneira: "Em ambos os casos faço a mina se sentir especial. Porque se eu falar que só quero transar, 99% das mulheres saem fora", admite o bancário BP, de 27 anos.

Meninas, acalmem-se! O mundo ainda tem salvação! Alguns meninos aqueceram meu coração com suas respostas. O empresário DV, 27 anos, é categórico: "Eu só chamo pra sair se realmente quiser sair com ela. Se acontecer de eu ter que desmarcar, vai ser por um motivo importante. Não sou de inventar desculpas. Se eu quero, eu quero, se não quero, eu nem ligo. Se acontecer de desmarcar, eu remarco". O personal trainer GA, 32 anos, namorando, diz: "Só se rolar o desânimo da minha parte, mas considero muito a outra pessoa; se chamei, saio". O estudante GM, 23 anos, solteiro, procura sempre o caminho da honestidade: "Não invento desculpas, mas as vezes existem acasos, coisas inesperadas. Se eu peguei o telefone dela, quero vê-la novamente. Se acontecer um imprevisto, eu remarco". O empresário e tradutor, SD, 28 anos, questiona: "Muitas vezes, eu ouço 'não'. Daí nem corro atrás: não é não e fim de papo. Eu nunca desisto de um saída. Se não, qual é o sentido de pegar o telefone da mina?" - pois é, SD! Também nos fazemos a mesma pergunta!!

3 - A terceira pergunta é sobre um passo adiante: O que te faz chamar uma garota para sair mais de uma vez? Chamá-la para sair mais de uma vez significa que ela tenha algo especial?


Em geral, percebemos que tem apenas dois casos em que um homem chama uma mulher para sair mais de uma vez: ou ela chamou a atenção dele ou ele está querendo sexo. O bancário BP, 27 anos, tem regras bem específicas "Mais de uma, só porque quero transar. Agora se eu sair umas três e não rolar, só continuo se tiver algo especial". O músico TJ, 31 anos, diz que dá para perceber que caso é que caso: "Transa boa é motivo para eu chamar mais de uma vez para sair. O segredo é a mina não transar de cara e segurar a onda. Dá pra notar se é só sexo porque se for mais pelo sexo, os assuntos são meio vazios. A procura vem só quando dá vontade". O coordenador pedagógico MC explica: "Ou algo especial ou ainda é sexo. Isso vai permear todas as vezes que chamo alguém para sair. Mas mais de uma vez pra mim é provavelmente se ela for legal, bom papo, interessante. Todas as coisas já ditas antes. Já saí com minas lindas uma vez e não peguei só pelo fato da conversa e a saída não ter sido legal. Aí não vale a pena investir só por sexo. Só sexo uma ou duas vezes geralmente são suficientes". Legal saber que não vale a pena investir só por sexo, que outras qualidades também contam mesma se a menina for super gata!

O tradutor SD, 28 anos, coloca um ponto interessante: "Sim! Com certeza ela tem algo especial! Principalmente se ela for inteligente e boa de papo! O lance é: fazer o tempo passar sem ver! Esse tipo de pessoa você tem que estar ao lado; quanto mais, melhor" - Concordo plenamente! Essa é a definição perfeita de um belo encontro: o tempo passa e você nem vê!

O empresário DV, 27 anos, comenta: "Com certeza. Tanto na parte da personalidade quanto na parte do desejo. Chamo uma mulher pra sair mais de uma vez quando estou interessado nela e quando vejo que ela também tem interesse em mim. Se o interesse é só no sexo, só vai durar até o momento que o desejo existir. Mas se for um interesse maior, além apenas do desejo, aí sim se torna uma pessoa mais especial".

O professor de educação física GA, 32 anos, conta um ponto divergente da maioria dos homens: "Ela não precisa ser top da balada, mas envolvente. Se eu chamei mais de uma vez, com certeza quero algo a mais. Eu não gosto de ficar com alguém e já ir para a cama. Gosto de me valorizar mesmo. Sexo é consequência. Então prefiro ficar na manha, conhecer, aí sim investir". Achei muito interessante essa idéia de que o homem também tem que se valorizar evitando sexo de cara. Somos vítimas do machismo que prega que mulher que dá no primeiro encontro é vadia, mas se a regra valer para os dois lados, fica mais fácil de assimilar - apesar de não concordar com a tal "regra". Nessa mesma linha de raciocínio, o bancário AL, solteiro, diz como costuma se comportar: "Não significa que ela seja especial, mas que ela tem algo em potencial. E nisso, inclui-se sexo também. Mas pra mim não é regra. Só que no meu caso, sexo é bem mais embaixo... Não que eu nunca tenha feito sexo casual, mas nas duas vezes que fiz, não me amarrei. Não tento nada até eu conhecer um pouco melhor. Ao menos saber se ela é do tipo que "dá fácil" entende?". Para ele, a mulher que transa no primeiro ou segundo encontro, já o perdeu: "Não me amarro, não. Porque eu fico com o pensamento que se ela dá fácil pra mim, ela tá dando pra todo mundo... e isso me assusta... Comigo sexo tem que ter envolvimento. Tem que ser conquistado o direito. Pros dois lados". Tirem suas próprias conclusões!

Espero que tenham gostado das entrevistas! Semana que vem volto com mais respostas sobre o Universo Masculino!
Divirtam-se e deixem seus comentários! ;)



terça-feira, 29 de abril de 2014

Desvendando o universo masculino - tudo o que você sempre quis perguntar e nunca teve coragem

Nos últimos dias estive trabalhando duro para fazer um post super legal e informativo para vocês, LADIES. Claro, se você macholino quiser opinar, concordar ou discodar de algo, fique à vontade para se manifestar nos comentários - com aquele respeito de praxe, claro!

Desde 2009 venho apontando as diferenças bruscas entre homens e mnulheres. E claro que sendo mulherzinha - apesar de mais macho que muito homem - sempre coloquei o ponto de vista feminino. Porém, sabemos que tem perguntas que passamos a vida toda martelando na cabeça sem realmente entender o comportamento dos homens. Foi então que resolvi pegar 15 gajos para Cristo e entrevistá-los, perguntando 15 questões que a maioria das mulheres delira a respeito. Foram 15 perguntas, então é muita informação para fazer tudo em um post só. Dito isso, teremos uma série de posts sobre o assunto.

Quis entrevistar homens de diferentes idades, profissões e personalidades. Entrevistei 15 pessoas, com idade entre 22 e 32 anos. Profissões: estudante, bancário, professor , músico, tradutor, estatístico, consultor de vendas, empresário (algumas profissões se repetiram). Alguns são mais tímidos, outros mais extrovertidos.

Devo dizer que algumas respostas me surpreenderam positivamente e alguns desses rapazes renovaram minha esperança no ser masculino. On the other hand, alguns não só confirmaram a péssima qualidade dos homens solteiros na atualidade, mas me fizeram ter vontade de parar o planeta Terra e descer.

Vamos às conclusões baseadas nas respostas!

1) Primeiro eu quis saber que tipo de lugar os meninos andam frequentando para conhecer novas chicas:

Acho que o pessoal está numa vibe mais light. A maioria respondeu que geralmente conhece mulheres através de amigos, em festinhas private na casa deles, casualmente, assim. Também estão preferindo coisas menos agitadas, como pubs e bares. Claro que tem aqueles que ainda preferem a boa e velha balada e frequentam shows e boates. Alguns disseram que não saem para conhecer mulheres, que isso acontece mais naturalmente. Porém, alguns já chutam logo o balde, como o consultor de vendas, LL, 26 anos, solteiro convicto: "Qualquer lugar que tenha mulher, mas acabo indo mais em balada; sem critérios." - diz ele, que vai até em festas em outras cidades mesmo sem nenhum amigo para fazer companhia.

Os músicos TJ, 31 anos, namorando e RF, 26 anos, solteiro, entraram em consenso em relação a uma coisa: depois que começaram a trabalhar na noite, o negócio ficou mais fácil e a mulherada chega neles, ao invés de o contrário acontecer.

2) A segunda pergunta era em relação aos motivos pelos quais um homem pega o telefone de uma mulher na balada. Sabemos que muitos não pegam e que muitos pegam, mas acabam não ligando. Por quê?

A situação mais citada foi: se eu achar a menina bacana e quiser sair com ela de novo para conhecer melhor, manter um contato, peço o telefone.
Porém houve respostas como: "Eu peço para tentar 'galar' depois", dita pelo nosso estudante CF, 26 anos, solteiro (além de promíscuos, estão inventando novas palavras para Sexo). Também teve o professor de educação física JR, 26 anos, solteiro, que disse: "Eu pego quando quero manter o contato, mesmo que não venhamos a ter mais nada. Sei lá, eu penso assim: não é porque a gente não vai se pegar mais, que não podemos nos falar nem ser amigos, sacou?". Saquei!

Uma outra situação que apareceu e que me irritou para valer foi o tal do: "Eu pego por educação". Aviso aos navegantes: pegar o telefone e deixar a menina na esperança de que você vai ligar passa muito longe do conceito de educação, viu?

Eu quis saber também se eles pegam telefone de meninas que eles não vão ligar e o porquê. Metade deles disse que só pegam se forem ligar mesmo. O empresário DV, 27 anos, solteiro, manda a letra: "Sempre que eu pego eu ligo. Quando eu não vou ligar, não peço o telefone. Simples assim". Palmas para ele que não perde tempo e nem faz a outra pessoa perder o dela também. O coordenador pedagógico, MC, 27 anos, solteiro, acredita que a peguete da balada pode ser um potencial "lanchinho": "eu pego por pegar, vai que fico à toa numa tarde chuvosa...". O músico RF, 26 anos, solteiro, disse estar num momento muitíssimo desapegado e por isso só pega telefone quando está com segundas intenções. O empresário e tradutor SD, 28 anos, solteiro, reclama: "ultimamente a mulherada que conheci pula a parte do vinho (numa saída pós-balada) e quer logo o sexo. Não me importo, mas perde um pouco; xavecar é legal pacas."

Alguns alegaram alto nível de álcool no sangue para não ligarem no outro dia. O consultor de vendas, LL diz: "Às vezes eu estava bêbado demais e esqueci se ela era feia. A preguiça também conta".


3) A terceira pergunta questionava o contrário: que características, comportamentos, etc, podem impedir um rapaz de pegar o seu telefone na balada?


Mulher chata foi unanimidade, apesar disso ser muito abstrato. O estatístico FM, 24 anos, solteiro, foi mais específico: "Se beijar mal ou tiver algo no visual que não me atraia muito, ou papo ruim, eu não peço o telefone". O bancário, BP, 27 anos, enrolado (quase namorando), também foi categórico: "Sei lá, as vezes fico com alguém que não curti o beijo, por exemplo. Mas eu sou exigente, então, pra eu pegar um telefone, tenho que achar muito atraente. Também não gosto de mina muito escandalosa". O coordenador pedagógico MC diz que falar português corretamente é um passo importante (touché, AGREED). O professor de educação física GA, 32 anos, namorando, diz: "Bom, se eu vejo que a conversa dela é muito frívola ou se realmente ela não souber me encantar, não pego o telefone".

Os casos de wing man também apareceram nas respostas. O professor de educação física JR, 26 anos, diz: "Às vezes peguei uma mina feia só para ajudar um amigo e não tenho interesse nenhum em vê-la. Daí nem pego o telefone.". Para ele, mulher feia, mesmo se tiver outras boas qualidades, não rola de namorar. O empresário e tradutor SD diz: "Se beijar mal, tiver mau hálito, se ela for grudenta ou der sinais de grude, se ela for burra (sem assunto, sem saber conversar etc) não pego o telefone". O músico RF alega não pegar quando a menina faz muito doce. O professor de educação física FB, 27 anos, solteiro, não gosta de mulher fútil e interesseira - essas não tem a menor chance. O músico TJ disse que quando percebe que os valores da pessoa são diferentes do seu, já era. O estudante GM, 23 anos, solteiro, diz que só não pega se houver falta de compatibilidade no papo, porque ele não gosta de joguinhos, então costuma ser sincero e só pega se for ligar.

Mas a resposta que com certeza mais surpreendeu foi a do consultor de vendas LL: "Não pego se ela for fácil demais, chata... Se for grudenta só no ficar, piora tudo.
No meu caso, como não estou afim de namoro, se eu gostei da mina, não ligo. Evitar sentimentos futuros. Isso quer dizer que gostei muito, mas prefiro não ir pra frente. Acho que tenho problemas." Essa foi boa!


Bom, pessoal, esse foi o começo do nosso bate-papo com os meninos! Espero que tenham gostado e daqui há uns dias ponho a segunda parte! O que vocês acharam??

quarta-feira, 2 de abril de 2014

Agir ou esperar por um milagre?

Que minha vida amorosa é uma piada todo mundo aqui já sabe. Agora, tudo tende a piorar quando você vai se acovardando diante de certas situações.

Desde adolescente eu era do tipo atitude. Se eu tava a fim de um cara, ele não me escapava. Não é porque eu era gostosona e poderosa, não, era simplesmente porque nada me impedia de lutar pelo o que - ou quem - eu quisesse. Se eu tava a fim de um cara, eu ia lá e falava para ele. Às vezes levava um tempo para o cara se acostumar com meu jeito doidinho de ser, mas logo ele achava original e corajoso e me dava uma chance.

Quando se é muito jovem, tudo é aventura, arriscar tudo tá valendo e nada nos amedontra muito. Eis que com a idade chegando, você adquire uma característica que, embora seja necessária em certos momentos, seja totalmente dispensável em outros. É o tal do BOM SENSO.

Oras, preferia minha coragem e ousadia, onde nada me parava para ir atrás do que eu queria.

Passei mais de um ano sem me interessar por ninguém. Aquele tempo em que todo mundo é muito mais ou menos para te tirar do seu conforto. Aquele tempo em que você "quer evitar a fadiga" e não perder tempo com qualquer um. Até que um dia, você começa a ver aquela pessoa interessante com outros olhos. Começa a cogitar a sair do seu sofá e da sua maratona de FRIENDS a fim de arriscar novamente. Informação adicional: há alguns anos atrás, você soube de fonte segura, que o gajo já havia tido interesses amorosos pela sua pessoa. Você sonda e descobre que o sujeito tem uma peguete fixa que está quase cruzando a fronteira de oficial exclusiva - porém, que ele não está apaixonado.
Você:

a) lembra de seus dias de adolescente e chega junto
b) lembra que está velha para ficar arriscando e chicken OUT (cai fora!)
c) fica com medinho da situação e peninha da outra mina e não faz PN.

Eu, a super sensata de 27 anos, fui de opções B e C, achando que tinha abalado no bom senso, não só fico triste porque o bofe começou a NAMORAR sério, mas ainda ouço da minha psicóloga que eu deveria ter aberto o jogo, afinal ele não estava apaixonado e eu não precisava ter pena da outra menina, porque ele não estando apaixonado pode ser um namorado bem mais ou menos para ela.

Só que não sei mais de nada. Quando a gente acha que está sendo sensato e correto, o mundo te diz que você deveria ser ousado e corajoso, mesmo que na hora pareça um pouco fora do eixo. E no fim você desperdiçou a oportunidade de ter algo com uma pessoa super legal porque não teve balls para agir.

Here I am again, olhando fotos dos dois no Instagram, ela lá, linda e loira do lado dele, e eu aqui ruiva e #chatiada assistindo tudo de camarote. Sabe lá Deus se terei mais um ano de paixonites zero ou se me interessarei por mais um boy magia, mas o perderei de novo em nome do maldito bom senso.

Afinal, de que adianta a suposta sabedoria dos quase-30, sem a coragem dos quase-15??



quinta-feira, 13 de março de 2014

Duas pessoas, um pensamento

Em um episódio de Sex and the City, Carrie e suas amigas recebem um convite para uma festa de noivado que dizia "duas pessoas, um pensamento".
Ela logo solta "se eles são duas pessoas e só têm um pensamento, algo está errado". E não é que é?

Ultimamente tenho observado o comportamento de certos casais, especialmente casados (principalmente recém-casados) e a conclusão é devastadora: é possível que você se relacione com uma pessoa e de repente perca toda sua identidade? Pior, além de perder sua identidade, você assuma a identidade do outro?

Para mim, esse sempre foi o tipo de relacionamento mais assustador e fadado ao fracasso. Aquele relacionamento onde você se anula para viver a vida do outro, ter as convicções e princípios do outro e onde é pecado mortal ter diferentes opiniões em questão de futebol, política, religião ou gastronomia. O casal gosta das mesmas coisas, faz as mesmas coisas, torce pro mesmo time, vota no mesmo candidato, odeia os mesmos políticos, rejeita o mesmo tipo de comida. O primeiro sinal disso é o uso constante da palavra NÓS onde uma pessoa normal usaria EU.

- Qual é o SEU prato preferido?
- Nós gostamos de pizza.
- Em que candidato VOCÊ vai votar?
- Vamos votar no Lula.

COME ON!

E o mais irritante é quando a pessoa era totalmente aberta, moderna, até meio porra-louca e casa com um conservador radical - o que por si só consiste numa bizarrice, devo dizer. De repente, a pessoa que era amiga dos homossexuais, saía pra balada com as amigas sozinha, dançava até o chão e até mesmo cogitava a traição, começa a ser homofóbica, votar nos Republicanos e ser fã nº 1 do Papa Bento XVI.

Diz-se por aí - e acredito piamente - que o segredo para um relacionamento bom e duradouro é saber ceder. Saber abrir mão de certas coisas, em certos momentos e não querer impor a sua verdade sobre a do outro, sempre. Ainda assim, esses dias, um amigo meu que está prestes a casar teve que ouvir de um conhecido recém-casado a seguinte frase:

- Cara, vou te dar um conselho sobre casamento. O único jeito de funcionar, é se a mulher for 100% submissa ao homem.

WTF? Eu sei, eu sei, tá lá escrito na bíblia - no VELHO Testamento, by the way - e lá vem as carolas jogarem isso na minha cara católica. Acontece, que também está escrito que o homem deve respeitar e amar a sua mulher, e quando alguém te respeita e te ama, ela acolhe sua opinião, ela cede, ela não te quer submissa à ela. Ser submisso a alguém é completamente contraditório à ideia do amor entre duas pessoas iguais. Somos submissos aos nossos pais enquanto eles pagam nossas contas porque dependemos deles, e somos submissos a Deus porque... bom, porque Ele é o todo-poderoso; mas submissão a uma pessoa na mesma posição que a minha, não faz o menor sentido.

Não tenha medo de expressar sua opinião porque ela é diferente da do seu marido/namorado. Ele se apaixonou por você e não por um espelho dele. Acatar tudo o que ele diz, faz e gosta pode até parecer uma boa ideia no começo, ele vai achar que está tendo uma influência positiva sobre você, mas acredite, em pouco tempo isso vai te levar ao fracasso. Ninguém gosta de gente sem personalidade. Lá no fundo, ninguém gosta de gente submissa, nem mesmo os conservadores. Os questionadores são mais interessantes e se você disser amém para tudo o que seu marido/namorado faz, logo ele vai perder o interesse em você. Why bother? Você é igualzinha a ele, não há novidades nisso.

Vejam bem, não estou dizendo que você tem que discordar de tudo no seu relacionamento e transformar tudo em briga e fazer do seu lar um verdadeiro campo minado. Se vocês têm a mesma opinião em várias coisas, DE VERDADE, que ótimo! Facilita muito as coisas não ter que entrar em discussão por tudo! Só estou fazendo um apelo para que não percamos nossa identidade quando nos encontramos em um relacionamento. Antes de sermos casal, somos indivíduos, e devemos ser respeitados - e nos respeitar! - como tal.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Dia Internacional da Mulher e as conquistas que ainda não alcançamos

Mesmo estando um pouco atrasada, gostaria de falar algumas coisas sobre o Dia Internacional da Mulher.
É recorrente encontrar pessoas falando das coisas que já conquistamos, mas ouço pouco sobre as coisas que ainda não conquistamos.
O mais louco disso tudo é que nós conquistamos coisas grandiosas como o direito ao voto, o direito à educação, o direito de dirigir, de usar calças, entre outros; porém, o que aparentemente parece ser mais fácil de atingir, tem sido uma batalha diária: o direito de existir como mulher e ser respeitada e compreendida como tal.
Do que eu estou falando?
Eu estou falando de não ter que passar por situações como essa:

- Eu estou passando na rua, normalmente, quando à frente encontra-se um grupo de homens. Um grupo qualquer. Pode ser de garis, de pedreiros, de estudantes, de advogados.
Quanto mais eu me aproximo, mais vergonha eu sinto, e mais abaixo a cabeça, porque sei que eles vão fazer algum comentário sexual, alguma piada de duplo sentido, vão me assediar de alguma forma - até mesmo com um BOM DIA cheio de malícia - e vão me fazer me sentir como se eu tivesse escolhido o caminho errado a seguir. Como se eu tivesse que ter passado pelo outro lado da rua ou dado a volta para não ter que cruzar com eles. Aquele momento em que o grupo para de falar ou fazer o que estavam fazendo, enquanto eu passo. Aquele momento em que eu me sinto um pedaço de carne, passando por um bando de leões. Aquele momento em que não sou respeitada como um ser humano comum, mas violada como uma coisa qualquer.

- Eu estou com calor e saio com uma roupa curta ou decotada. Os homens do local se acham no direito de me agarrar à força e tentar passar a mão em mim quando me encontram. Se acham no direito de julgar o meu caráter, porque mulher que veste roupa curta, é, "obviamente uma vadia".

- Estou solteira e fico com quem eu quiser. Não sou levada à sério porque, é claro, se eu fico com várias pessoas na minha solteirice, sou - novamente! - uma vadia que não pode ser apresentada pra mamãe. Ele, que fica com várias enquanto solteiro, é, claro, o garanhão do pedaço.

- Decido não me casar (ou demoro para casar) e ter filhos mesmo assim. Sou julgada como problemática, estranha ou encalhada porque não me contentei com as porcarias que o universo me mandou.

- Falo palavrão, bebo cerveja, saio sem maquiagem ou salto, uso cabelo curto. Sou mulher-macho ou sapatão, porque mulher tem que ser delicadinha, falar baixo e beber coquetel de frutas.

- Não sei cozinhar. Ouço frases como "Que tipo de mulher é você?" ou "O que você vai fazer pro seu marido quando você casar?"

- Faço alguma besteira no trânsito. Escuto "Tinha que ser mulher" ou "Mulher no volante, perigo constante" ou "Lugar de mulher é no fogão"

- Trabalho muito e bem, contribuo com os lucros da empresa, dou idéias brilhantes para o crescimento da mesma, mas ganho menos que o meu colega do sexo masculino que faz o mesmo trabalho.

- Sou uma mulher casada e vejo meu marido gordo, fedorento e desarrumado exigindo que eu emagreça e fique sempre bonita e cheirosa.

O Dia Internacional da Mulher não pode se resumir a flores na porta do supermercado ou um pronunciamento da Dilma na TV. O Dia Internacional da Mulher foi marcado por lutas contra o preconceito e assim deve permanecer. Se você quer parabenizar uma mulher, comece amputando atitudes machistas. E que comece por você, mulher machista.
Para que nenhuma de nós e principalmente as futuras gerações, fique presa nessa teia de preconceito eterna e que possam viver com a dignidade que merecem!

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

Curtindo a calmaria

“Socks.
Men like socks.
This column socks.
You’re definitely getting fired.”

Assim se desenrola um episódio de Sex and the City onde a Carrie não consegue escrever a coluna porque está passando por um período de seca amorosa – e o trabalho dela depende disso. Se eu escrevesse esse blog por dinheiro, estaria me sentindo como ela, como se estivesse prestes a ser demitida. Hopefully, no fim do episódio ela acaba fazendo fotos para publicar um livro com suas melhores colunas.

É estranho quando você, que sempre foi acostumada com uma vida amorosa agitada – até demais! – se encontra em um longo período de seca. A seca não se refere apenas a sexo ou beijo na boca, mas principalmente a sentimentos.

É aquele não gostar de alguém. É aquele ouvir música romântica e não se abalar – nem sorrir e nem chorar. É aquele não ter com quem ir ao casamento dos seus amigos e nem em quem pensar no dia de São Valentim.

Lembro-me de outros períodos – porém, menores – em que isso aconteceu comigo e eu me sentia extremamente incomodada. Parecia que eu estava incompleta, que se eu não tivesse drama na minha vida, ela não estava valendo tanto a pena.
Hoje, mais madura (pelo menos em tese), aprendi a apreciar esse período de calmaria. Dei valor a pequenos prazeres e sentimentos que ficam longe de mim quando estou apaixonada. Não sentir ciúmes, poder ficar curtindo um “nadismo” no FDS, ficar mais tempo com meus amigos e família, poder paquerar à vontade, viajar para festas loucas, não ter sogra, essas coisas bobinhas.

Apesar da pressão que começa a cair sobre meus ombros – estar perto dos 30 na nossa sociedade é estar correndo contra o tempo para encontrar marido, ter filhos e estabilidade financeira -, eu ando mesmo é ignorando os 7 anos depois dos 20 e aproveitando muito esses momentos.

Às vezes bate aquela carência, não vou mentir. Mas é bom estar num momento tranquilo da vida, finalmente. Podendo fazer minhas próprias escolhas e escolhendo não me envolver com qualquer um pelo prazer de ter o coração acelerado. Acho que isso vai dar muito mais importância ao próximo amor que me aparecer. Eu vou estar pronta para viver algo concreto. Eu acho. O coração é muito imprevisível, tudo pode acontecer e a qualquer momento e com qualquer pessoa.

Agora sinto que já passei por tudo: a fase pegação, a fase “se apaixonando por todo mundo”, a fase “não quero ficar solteira de jeito nenhum” e agora vivo a fase “me sinto bem com o coração vazio”. Se a próxima fase vai ser repetida ou nova, eu não sei. Mas minha pressa é zero. E por isso sinto que vai ser boa demais. Enquanto isso, que continue essa linda calmaria...!

domingo, 12 de janeiro de 2014

Amigos x namorados - uma "batalha" desnecessária

Quando é que o ser humano vai aprender que namorado não anula amigo?!
Não diga que você não faz antes de ler a lista abaixo e tentar se reconhecer. Se você se identifica com muitas das frases abaixo, você está provavelmente trocando seus amigos por seu namorado.

- Você vive ouvindo a frase "sumiu ein!" ou "saudades de você" ou "quando você vai aparecer?"
- Você não lembra a última vez que encontrou seus amigos
- Você não sabe nada atual da vida dos seus amigos
- Você tem vontade de procurar seus amigos quando briga com o namorado, mas tem vergonha porque faz muito tempo que não se falam
- Você não tem mais foto atual com seus amigos
- Quando encontra os amigos, diz a frase: "sério??? Não sabia disso!!"
- Você se sente excluído quando encontra seus amigos sem a presença do seu namorado
- Você só sai com os amigos do seu namorado
- Você se vê constantemente negando convites dos seus amigos porque vai ficar com seu namorado

Para começo de conversa, é burrice. Pra meio de conversa, é falta de consideração. E pra fim de conversa, é ruim para você, principalmente. Nossa família e amigos são a nossa estrutura. O mais importante de nossas vidas. Se você arranja um bofe - ou uma bofa - e começa a anular seus amigos, algo está errado. Namorado (a) vai e vem. Quantos você já teve? 5? 10? E os amigos? Os leais, os verdadeiros, esses são para a eternidade. Não há briga e discordância que quebre esse laço. Aí você vai lá e deixa de cultivar esse jardim?! O que acontece se você mais uma vez terminar um relacionamento? Vai ficar forever alone?! Não faça isso. Faz mal. É burrice. Falta de consideração com quem sempre esteve ao seu lado nos momentos bons e ruins. E também é ruim para o seu namoro: você acha que ficar 100% do tempo grudado com seu namorado é saudável?! Você acha que ter seus momentos individuais - com amigos e sozinha! - não é importante?

Luckily, é possível consertar o estrago se você for capaz de admitir que está realmente se afastando dos amigos desde que começou a namorar.

O equilíbrio é a chave da felicidade. Você não tem que supervalorizar uma relação e diminuir a importância de outras. Todas devem ser devidamente valorizadas.

No começo de namoro, até é compreensível que haja um afastamento devido à paixonite aguda, os casais querem ficar grudados e blablablabla. Porém, passados os meses, se você está lá assistindo TV com seu namorado (ou seja, sem fazer NADA de importante) quando poderia estar jantando com uns amigos (e inclusive fazendo todo mundo interagir), você está pisando na bola.

Não invente desculpas. A maioria das pessoas que se afastam por causa de namoro, inventam mil desculpas ao serem questionadas: "ah, estou trabalhando/estudando muito"; "Você também sumiu"; "Estive doente"; "Viajei"; "Estou num momento mais introspectivo", etc etc etc.

Aí vão algumas dicas para você que consegue admitir seu afastamento e quer mudar de vida:

- Faça com que seus amigos e seu namorado se tornem amigos ou que pelo menos tenha uma boa relação. Assim, vocês poderão sair todos juntos e você não sentirá que está desvalorizando nem um nem outro.
- Tenha seu momento de sair só com seus amigos. Interesse-se pela vida deles e compartilhe suas alegrias e angústias com eles. Suas amizades não tem que ser modificadas pelo seu novo status de relacionamento.
- Tente promover encontros que reúnam os seus amigos e os amigos do seu namorado. Faz um bem danado conhecer gente nova e todo mundo fica feliz.
- Se o seu namorado estiver de alguma forma te impedindo de encontrar seus amigos ("proibindo", reclamando, te chantageando etc) comece a repensar essa relação. Um bom namorado sabe da importância dos amigos e deve te incentivar a não abandonar seus amigos.
- Se você anda saindo só com os amigos do seu namorado, pare e pense: se seu namorado valoriza as amizades dele e faz questão de cultivá-las, por que você não está fazendo o mesmo?!
- Se você só sai com seu namorado, a situação é mais grave ainda. Vocês vivem apenas um para o outro e vivem em uma relação de co-dependência que só pode acabar em tragédia. Cuidado.

Gente, se você se viu nessa situação, não se sinta acuado e julgado. É uma situação ruim, mas que provavelmente todo mundo já passou - os dois lados. O importante é você ter humildade para admitir um erro e tentar consertá-lo. Seus amigos irão ficar felizes em tê-lo de volta ao ciclo e você também se sentirá mais contente e menos culpado.

Ter namorado é ótimo. Ter amigos é ESSENCIAL! Não jogue fora relações que tem tanto potencial para a eternidade!

domingo, 5 de janeiro de 2014

Ano novo, vida velha

Oi, pessoal! Mais um ano se passou e aqui estamos nós! Não tão firmes e nem tão fortes, afinal de contas, faz 5 anos que esse blog existe, mesmo parecendo que foi ontem que começamos a descrever nossa louca jornada amorosa para vocês! Enfim, feliz 2014!

Acontece que o tempo vai passando e normalmente as coisas vão evoluindo, mas meu Reveillon foi a prova cabal de que o fim dos tempos está próximo, no que depender da raça masculina.

Leitores homens recalcados, lembremos mais uma vez - embora julgue extremamente desnecessário, pois é algo bastante óbvio - que esse blog é baseado em GENERALIZAÇÕES e que sim, apesar de parecer negativa, eu tenho alguma esperança nos homens, pois conheço alguns bons exemplares da espécie que podem salvar a todos - e todas! - nós!

Porém, é bem verdade que quanto mais eu cavo, mais descubro bizarrices que, BELIEVE ME, preferia não saber.

Reveillon em Brasília é depressão pura, portanto, super em cima da hora, saímos eu, meu amigo e duas primas dele para um Reveillon supostamente TOP em Goiânia, em busca de não encontrar as mesmas pessoas até no raio da virada do ano.

Eis que meu amigo nos convidou, mas sua galera já estava lá. Quando eu digo sua galera, eu digo uns 15 homens solteiros. "Paraíso!", poderia pensar-se.

Em dado momento, eu me encontrei sozinha (só eu de mulher) na presença desses 15 macholinos que só podem ser descritos pela expressão "sem noção". Se vocês soubessem as histórias que eu ouvi...! Era um tal de "acordei numa favela com uma mulher do lado e eu não tinha a mínima noção do que eu estava fazendo lá e como fui parar lá" e "tomei 20 cápsulas de remédio para ter alucinação" ou "fiquei com ela, deixei em casa e quando saí de lá fui comer a amiga dela". Caros leitores, do alto dos meus 27 anos já vi muita coisa nessa vida de caça, mas esses rapazes conseguiram me chocar mesmo.

Vocês sabiam que eles fazem competição de quem pega a mulher mais feia? Vocês sabiam que eles têm um grupo no Facebook onde eles enviam fotos de quando estão pegando mulheres muito feias/bizarras/gordas/fedorentas/estranhas/etc? Vocês sabiam que eles pegam gordinhas com a teoria de que gordinhas sempre vão para cama com eles porque estão desesperadas? Sem contar com inúmeras histórias de traição, menages, festas nada a ver... enfim!

Sei lá... não sei se estou ficando careta, mas para mim até mesmo "a zueira tem limites". Esse tipo de homem me deixa um pouco em pânico e cada vez mais certa de que muitos homens, mas muitos mesmo, realmente enxergam mulheres como pedaços de carne. Como seres sem sentimentos e inteligência.

Mas sabe o que pior ainda dessa (s) história (s) toda (s)?? O comportamento das mulheres nas anedotas que eles contam... é de ficar com vergonha da raça feminina! É de querer ir atrás dessas vagabundas e dar na cara delas para ver se elas param de agir como amebas e tratam de agir como seres pensantes. Nada justifica você tratar uma pessoa com tamanha pequenez, mas fica difícil defender quando tem mulher que faz o tipo de coisa que eles contam. Logo, difícil ter esperança em homens, mas se alguns homens se sentirem do mesmo jeito em relação às mulheres, eu nem vou me chocar. Eu devo ser mesmo muito ingênua, porque quando ouço essas coisas fico super chocada, porque para mim isso é coisa de filme, novela ou filme pornô.

No fim das contas, essas pequenas histórias que ouço por essas estradas da vida me fazem perder um pouco da esperança na raça humana como um todo. Ainda bem que de vez em quando aparece uma história inspiradora aqui e acolá que me fazem recuperar um pouco, depois de tanta bizarrice. Queira Deus que esse ano de 2014 seja mais cheio de inspiring stories e menos cheias de histórias que nos fazem querer morrer ou matar alguém!

VIVA 2014!