segunda-feira, 25 de dezembro de 2017

A floresta de homens frouxos

Hello, people! Feliz Natal procês!

Vocês podem pensar que 2017 foi um ano fraco porque escrevi poucos posts, mas eis que hoje, dia 25/12/2017, vou escrever um post que resume bem a espécie macholina que mais se apresentou em abundância na fauna desse nosso Brasilzão sem porteira: O HOMEM FROUXO.

Oras, minha gente, já falei aqui sobre a liberação feminina e de como estamos tentando tomar as rédeas da nossa vida amorosa sem ficar dependendo da iniciativa exclusivamente masculina - porque vamos combinar que isto está super two thousand late. Sempre que comento que a maioria dos homens não está preparada para lidar com mulheres que tomam iniciativa, lá vem uma chuva de reclamação masculina dizendo que não é verdade, que eles gostam sim quando a gente chega junto e isso e aquilo. Mas, gente, está impossível defender vocês diante dos relatos das minhas amigas (e amigas das amigas) - e os meus também, claro!

Juntamente com a nossa vontade de dar o primeiro - o segundo, o terceiro - passo, também tem o fato de que sim, às vezes nós só queremos um trem casual, matar a vontade de sexo ou até mesmo de beijar na boca ou tomar uma cerveja num bar. Então primeiramente, abram-se para essas possibilidades. Acompanhem o novo tipo de mulher que está disponível no mercado e parem (PELOAMORDEDEUS) de achar que toda mulher que te dá mole vai se apaixonar por você e quer namorar, casar e ter filhos.

Dito tudo isso, já está ficando chato sentar na mesa de bar com as amigas e ouvir sempre a mesma frase: POUTZ, SÓ TEM HOMEM FROUXO, O QUE ESTÁ ACONTECENDO?!
E lá vamos nós à definição de homem frouxo:

Aquele sujeito que te dá mole para caramba e na hora que você arroxa, peida na farofa.
Aquele sujeito que curte/comenta todas as suas fotos e quando você manda um direct sugerindo um lesco-lesco, some.
Aquele sujeito que vive te arroizando em festas e dizendo "que dia a gente vai fazer algo" e nunca de fato te chamar para sair.
Aquele sujeito que você já ficou/fica e vive dizendo que te quer, mas quando você se mostra disponível parece que de repente perde a graça para ele.
Aquele sujeito que dá em cima de você descaradamente, você corresponde, mas ele vive sempre muito ocupado para de fato concretizar uma saída.
Aquele sujeito que dá MATCH com você nos apps de paquera, mas não puxa papo (ou te ignora quando VOCÊ puxa papo).

Poderia passar 24h escrevendo mil situações que tem se repetido ao longo do ano e que tem dificultado bastante a nossa satisfação com a vida de solteira, porque afinal, o que adianta a gente sair da nossa zona de conforto e querer ser mais independente sexualmente quando o outro lado da linha não está ajudando?

Se tudo isso aí em cima se resume a "ELE NÃO ESTÁ TÃO A FIM", faça o favor de parar de fingir que está. Me poupe, se poupe, nos poupe.
Nosso tempo é valioso e o seu também deveria ser!

LARGUEM DE FROUXURA AND LET'S GET DOWN TO BUSINESS!

Caga ou sai da moite, amor!

Cheers!

domingo, 19 de novembro de 2017

Quando tentar controlar tudo sabota sua felicidade

Em FRIENDS, Ross está em um relacionamento com outra pessoa quando descobre que Rachel também gosta dele. Para ajudar a decidir entre as duas, Ross faz uma lista de prós e contras. Ao descobrir, Rachel fica absolutamente magoada e diz: “Imagina as piores coisas que você pensa de si mesmo... agora imagina que a pessoa que você mais confia no mundo não só também pense as mesmas coisas que você, mas ainda use essas razões para não ficar contigo”.

Agora eu consigo entender o que a Rachel disse. Como é ruim ouvir da boca de uma pessoa que você gosta que o que você tanto temia que acontecesse, acabou acontecendo e te afastou dela. Suas maiores inseguranças superaram suas qualidades. Pior ainda é não conseguir ter a chance de mudar as coisas. Pior ainda é ficar martelando isso na cabeça sem parar, como se fosse um defeito que você jamais pudesse apagar. Como se fosse a razão pela qual todos os seus relacionamentos anteriores tenham afundado. Teria isso também atingido minhas amizades, minhas relações familiares? Ou seria essa a razão pela qual eu tenha se fechado tanto?

Que tristeza causa termos que tomar decisões que não queremos. Termos que nos afastar quando queremos ficar junto. Termos que fingir que tá tudo bem quando por dentro você está com um sentimento horrível de fracasso, de perda e você está numa interminável luta interna. Quando tudo o que você consegue pensar é “por que eu não consegui dar o melhor de mim para essa pessoa?” ou “por que eu deixei que minhas inseguranças estragassem tudo o que tinha de bom?”.

Disseram que tudo o que acontece em nossas vidas é porque provocamos ou permitimos. Provoquei isso ou permiti? O que seria pior? Teria sido o meu maior erro tentar controlar tudo? Tentar ter absoluto controle sobre sentimentos, pessoas, acontecimentos por causa do pavor de me machucar? Ter deixado medo e insegurança me engolirem? Até que ponto tentar se proteger acaba te fazendo sofrer ainda mais (“Tudo é dor – e toda dor vem do desejo de não sentirmos dor”)? Seria adequado apenas deixar que as coisas que te incomodam ou ameaçam passem? É possível fazer com que essas coisas não tenham tanto impacto em nossa vida? Tivesse eu me comportado de outra forma, poderia ter mudado as coisas ou tudo está escrito na estrelas e nosso destino é imutável?

Às vezes queria me livrar desse excesso de intensidade. É incrível como ele vive me sabotando. Essa reatividade, essa insegurança, essa mania de querer controlar tudo, mas ao mesmo tempo a impossibilidade de fugir de viver as coisas por medo. Talvez fosse melhor não viver certas coisas. Porque sinto que vivo, mas vivo sempre tentando me defender de uma possível dor. E acabo sofrendo duas vezes.

Dói pensar que, quando tudo o que você almeja é ser luz, alegria e amor para as pessoas, alguém (e alguém muito importante para você) te descreve como um peso. Algo desconfortável e sem paz. Sem leveza. Algo que suga energia e que atordoa. Como limpar essa impressão? Como desfazer isso se não te dão chance de se redimir, de tentar melhorar? Me sinto condenada a conviver com esse fato me corroendo por dentro.

E ainda... toda a culpa desse fracasso é minha? Se tivesse a chance, daria para consertar tudo sozinha? Desistir? Me conformar?


sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Vocês estão namorando errado

Cheguei a uma conclusão essa semana que pode explicar porque a maioria dos homens tem tantas ressalvas quando o assunto é se envolver. Claro que tem o fator "piranhagem geral", mas tudo seria amenizado se não tivesse tanta gente por aí namorando errado.

"Como assim namorando errado, Dany?"

Meus caros, já reparou o que acontece na vida do indivíduo quanto ele começa a namorar? De repente ele DESAPARECE. Não vê mais os amigos, só fica em casa vendo filme ou pulando de restaurante em restaurante postando foto de tudo em dupla: prato duplo, copo duplo, vela dupla. Ele (a) começa a parar de frequentar os lugares que adorava, de fazer as coisas que o faziam se divertir tanto.

O namoro de muitos parece mais uma prisão do que um relacionamento, onde de repente você não tem liberdade para fazer nada que não seja grudado com sua namorado (a), uma panela de pressão, cheio de cobranças. Você muitas vezes se torna outra pessoa, desprovido daquela personalidade que tanto atraiu a outra pessoa, primeiramente.

Eu sempre me preocupo com isso quando namoro. Faço questão de trazer meu namorado para o meu círculo de amizades e de me tornar parte do dele. Eu entendo que você não vai ter exatamente a mesma vida, que outra pessoa está integrada a sua vida e que algumas coisas devem ser adaptadas, mas se for pra ficar numa relação onde eu tenha que cortar todos os meus prazeres, deixar de estar com meus amigos e família e envelhecer 2 anos por dia por conta de cobrança, de monotonia, de ciúmes, nem me chama.

Relacionamento tem que ser diversão, tesão, companheirismo, cumplicidade, zoação, cuidado. Tem que ser para compartilhar, vir para somar e não para subtrair a pessoa da sua própria vida! Um relacionamento que chega e muda todos os seus hábitos, te faz se sentir distante dos seus amigos, te faz desistir das coisas que você gostava e te aprisiona não é um relacionamento legal. Pensa como é arriscado apostar sua felicidade, todas as suas fichas em apenas um aspecto da sua vida?! Não faz sentido!

Você fala que está numa festa e que o outro sumiu e ele responde "mas tô namorando, ne". Quer dizer que quando está namorando não pode mais ir a festas?

O sujeito amava dançar, de repente some 3 anos e depois "volta o cão arrependido". Quando você pergunta o porquê do sumiço: "Tava namorando". Ué. Namoro significa que não pode mais dançar?

Entendem o que estou dizendo? Não estou dizendo que a vida de solteiro é exatamente igual a de comprometido e que nada muda - não ponham palavras na minha boca! -, o que estou dizendo é: a vida de pessoa comprometido pode ser tão atraente quanto a vida de solteiro. Você não precisa se sentir como um passarinho saindo da gaiola quando terminar um relacionamento e "precisar de um tempo para curtir", como se não fosse possível ter curtição dentro de um relacionamento. Há um conceito muito deturpado de curtição. Separado em status de relacionamento: se você está solteiro você está curtindo e se divertindo. Se você está comprometido, vive com sono e sua vida é monótona. A curtição, a diversão, a alegria só depende de vocês! Dá para ter aventuras, histórias loucas e engraçadas e muita zoeira estando em um relacionamento, sim! Você pode fazer acontecer em dupla! Imagina que maravilha misturar tanta coisa legal: gostar de alguém massa, estar com alguém que te dá atenção, que te respeita e ainda super te diverte?! Ideal! META!

Então é isso... parem de tratar namoro como suicídio social e bora meter o louco em dupla! E ainda poder ter aquele colo e cafuné cheio de amor em dias chuvosos e frios! =)

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Sobre traições

Hello, people! Estou de volta para falar de um assunto que nunca acaba: a imensa cara de pau dos homens. Apesar de sentir um pequeno prazer - admito - em expor machos babacas, believe me, eu preferia estar aqui contando histórias com final feliz! Mas ninguém está me contando uma dessas e nem tampouco eu estou vivendo uma, então vamos ao que interessa!

É de print que vocês gostam? Então chega mais que hoje tem chuva!

Ela estava lá, de boa na lagoa, quando um ex-crush das antigas tira print de uma selfie dela e envia pelo whatsapp com a seguinte legenda: EU PEGO. Eu já falei que ele é casado e tem filhos? Não? Pois é.
Só que ele se deu mal porque além de ela ser bem afiada, estava comigo do lado, que sou pior ainda.


Já começamos bem, né?

- Tu é casado.
-E dai?

Duas linhas que entregam o caráter do ser humano rapidamente.


Tentando ganhar a discussão num detalhe técnico. Praticamente disse que ela só mereceria fidelidade se fosse casada no papel e na igreja, né?
Mas vamos dar corda para se enforcar, porque né, estamos aqui para isso.




Aí a gente se compadece, tenta apelar pra consciência do sujeito e ele usa sua juventude como desculpa para agir como um idiota. Usa as frases "sou livre" e a "vida é curta" do modo mais libertino que se possa imaginar.


Adoro essa parte: chama fidelidade e decência de conservadorismo. É pra rir ou para chorar?
E ainda vem com a cereja no bolo: CASAMENTO É UM PORRE. FALA SÉRIO.
Claro que ela vai com as perguntas mais óbvias, que passaram pela cabeça de qualquer pessoa normal que esteja lendo esse post: ENTÃO POR QUE CASOU? POR QUE NÃO SEPARA?


"Eu gosto dela demais". SEM-OR! Como ele deve tratar uma mulher que ele não gosta, né?


E uma outra favorita minha: aquela hora em que eles usam a testosterona como desculpa para desvio de caráter.


Clássico: levou o toco, agora fala que "era brincadeira".


Nunca traiu? Duvido.


Pessoal, vou ser muito sincera aqui: eu não sou uma pessoa 8/80 com traição. Eu acho que a carne humana é fraca, que relacionamentos são complicados e que a vida nos coloca às vezes numa enrascadas inacreditáveis. Mas desvio de caráter a gente sente cheiro de longe. A pessoa quando tenta justificar suas atitudes erradas com desculpas esfarrapadas e frases de efeito, tem caráter duvidoso. Ninguém morre pro mundo quando está em um relacionamento sério. Mas a vontade de não magoar quem você ama, de respeitar, de considerar o outro, deve ser muito maior do que um desejo carnal do momento. Ele FOI ATRÁS de uma traição e, mais do que isso, muitas das frases que ele utilizou provam que ele não está ligando nenhum pouco para a pessoa com quem vive há 10 anos.

O que eu lamento mais quando fico sabendo dessas histórias é o quanto as relações estão frágeis. Eu nunca vou compreender porque uma pessoa decide se casar e não ter respeito pelo seu compromisso. Honestamente, cada vez que escuto essas coisas, perco mais um pouco a fé na humanidade e no "amor".
Olha eu aqui, colocando a palavra AMOR entre aspas. Isn't it sad?

quinta-feira, 22 de junho de 2017

A guerra dos sexos

Parece que está tudo em paz entre homens e mulheres (??), mas a verdade é que há uma guerra fria no mundo heterossexual.

De um lado, mulheres absolutamente céticas. De outro lado, homens absolutamente superficiais.

Eu não estou aqui para dizer quem está certo e quem está errado. Na realidade, essa guerra só tem perdedores.

Houve um tempo em que a gente tinha mais curiosidade uns pelos outros. Houve um tempo em que era preciso primeiro conhecer as pessoas e só depois decidir dispensá-las ou assumi-las. Hoje, está tudo pré-definido.

As mulheres estão absolutamente céticas e desconfiadas. Nunca a máxima "nenhum homem presta" foi repetida com tanta segurança e certeza. Deixamos de acreditar, vivemos por aí com os escudos levantados, sem ter coragem de baixar a guarda e desconfiando de qualquer comportamento fora do normal.

Os homens estão por cima da carne seca e nunca a máxima "não quero nada sério" ou "não quero me envolver com ninguém" foi repetida com tanta segurança e certeza. Eles deixaram de acreditar que as coisas precisam de tempo para acontecer. Acham que todas as mulheres querem namorar, casar e que todas vão se apaixonar por eles. E saem correndo feito bicho com medo de ir parar no zoológico.

Esses dias, depois de mais uma piada sarcástica sobre o desvio de caráter masculino, ouvi de um rapaz com quem estava saindo: "eu não tenho culpa de suas experiências ruins". Me fez refletir bastante sobre como eu cheguei ao ponto em que estou hoje. Estou chata. Não acredito em nada e provavelmente essa energia negativa emana e atrai uma quantidade inenarrável de homens babacas.

Lá fui eu tentar ao máximo baixar a guarda, tentar acreditar no que ele estava falando, quando depois de alguns bolos e sucessivas mancadas, ele finalmente entrou para mais um "culpado pelas minhas experiências ruins".

Ontem, desabafando com um amigo sobre esse assunto, contando sobre a minha falta de fé nos homens, ele - que recentemente terminou um namoro longo e mal sabe o que está pegando por aí - disse: "Nossa! Você é a quarta mulher que me fala isso em uma semana!"

Aí depois de, por um momento, achar que estamos ficando loucas ou paranóicas, percebemos que é um sentimento generalizado, e não individual. É meu, das minhas amigas, das amigas das amigas. Da galera da Internet. Da igreja, da balada, e até quem mal sai de casa tá se lascando por aí.

O que aconteceu com o velho "conhecer uma pessoa de verdade, sair, refletir, deixar rolar e só depois decidir se a pessoa é boa pra você ou não?"

Porque as mulheres já conhecem os caras esperando o pior e os homens já conhecem as mulheres fugindo para as montanhas a fim de evitar qualquer tipo de envolvimento?

De onde tiraram que gostar de alguém é ruim? De onde tiraram que todo mundo se comporta do mesmo jeito? Onde foi parar nossa paciência, nossa fé, nossa esperança, nossa vontade de sentir coisas boas, de viver momentos bacanas sem rotular tudo logo de cara?

Vocês não acham que está exaustivo vivermos uns fugindo dos outros? Será que é mesmo necessário a gente evitar se envolver com medo de sofrer?

Será que nós mulheres precisamos beijar um cara já pensando "ih, esse aí é só mais um que não vale nada"?

Será que vocês homens precisam beijar uma menina já pensando "assim que eu conseguir transar, vou dar no pé"?

Não seria melhor - e MAIS JUSTO - a gente primeiro saber quem é a pessoa que estamos conhecendo antes de rotular a pessoa e a relação (e importância) que teremos?

Será que possível acabar com essa guerra e voltarmos a viver em paz?

segunda-feira, 12 de junho de 2017

A fórmula da felicidade

É cruel. A gente nasce com tudo definido. Já pensou no quanto isso é cruel?
Temos a fórmula da felicidade. Nasce, cresce, casa, se reproduz, se aposenta e morre.
Você namora uma pessoa legal, dá certo durante anos, vocês continuam juntos até chegar aos (ou pertinho) 30.
Começa a panela de pressão. De fora e de dentro.
A sociedade, os amigos, a família. "E esse casamento, sai ou não sai? Já tá na hora, né?"
Aquela voz interior também incomoda. "Por que ele não me pediu ainda?" - e pior que às vezes sem nem você ter parado para refletir se aquilo é genuinamente um desejo seu. Se aquele é realmente o seu destino ou se você comprou a ideia porque estão juntos há vários anos.
Vem de lá também. Ele pensa: "Meu Deus, o cerco está fechando. Tenho que casar com ela. Mesmo sem me sentir preparado, sem ter certeza."
O fato é que não há espaço para dúvidas.
Diante desse turbilhão de emoções, você se vê pressionado a ceder a tal felicidade que te impuseram.
Você perde a coragem de querer o que você realmente quer.
De se questionar. De se dar o direito de duvidar. De se dar o direito de terminar relacionamentos teoricamente perfeitos.
De buscar outro caminho, de duvidar que existam outros caminhos que tragam felicidade.
E é cruel.
A gente perde a coragem de ousar ser feliz de outra forma. Ou de pelo menos tentar.
Traçaram nossos destinos na maternidade e ai de nós se tentarmos pegar outra estrada.
Tememos as mudanças, o novo, a curiosidade.
E multiplicamos relações assexuadas, relações de mentirinha, felicidade de Facebook e Instagram, rotinas maçantes.
Acabamos por multiplicar sonhos frustrados, experiências enterradas, traições, desejos reprimidos.
É, mundo... Você nos podou. Nos podamos. Deixamos que nos ditassem o que seria melhor para nós.
E agora... como fugir?

quinta-feira, 13 de abril de 2017

Homens comprometidos, mas nem tanto.

Há 7 anos já falei aqui da dificuldade dos homens em dizer NÃO – para não chamar de pura safadeza mesmo – (foi nesse post aqui "Homens que não sabem dizer não"), mas vou voltar a comentar esse assunto porque aconteceram dois casos recentemente (e bem pertinho de mim) que acho que valem a pena serem analisados.

CASO 1

Você tá lá, tem um crush naquele rapazinho interessante, ficam, conversam um pouco e vai esfriando. Aí você o reencontra depois de um tempo e ele não te dá a mesma moral, mas ao mesmo tempo não corta de vez suas investidas e você fica se perguntando: “uai... ele quer ou não?”. A pulga está lá, instalada atrás da orelha e você ativa o stalker MODE só pra descobrir que o engraçadinho está namorando.
Fica na sua, respeita, quando de repente, uns tempo depois lá vem ele comentando seus posts, te elogiando, curtindo fotos antigas e você: “ué... terminou?”. Facebook, vem cá, amigo. Não, ele não terminou. Provavelmente o relacionamento lá deu uma esfriada e ele sentiu saudade de você. A carne é fraca, não vamos mentir, você fica dividida entre duas reações:

1) FDP, dando em cima de mim sem ter terminado o namoro!
2) O desgraçado é sem-vergonha, mas caceta, como é bom saber que ele ainda se sente atraído por mim!

Aí você só dá umas risadas, mas sem alimentar nada (só que sem cortar de vez, afinal, seu ego ainda tá precisando da massagem), até que ele investe pesado demais e você é obrigada a informar que sim, está sabendo que ele está em um relacionamento supostamente sério e que não tem vocação para amante.

CASO 2

Encontrou aquele cara que sempre mexeu com você numa balada, rolou uns olhares, mas ele estava acompanhado no dia, então você nem olha muito para não desrespeitar a mina. Dia seguinte, o que chega? Comentário engraçadinho em um post seu. Conversa vai, conversa vem, troca de whatsapp, afinidades. Você elogia, ele agradece de modo evasivo, você chama pra sair, ele diz que “não anda saindo muito”. Você fica sem entender porque tanta corda para depois cortar.
Ativa o Stalker Mode e descobre o que? Namorando. Mas esse é ainda mais espertinho: só aparece o status de relacionamento no Facebook da menina, mas não no dele.

ANÁLISE:

Caras... qual é? Parem com isso! Sejam honestos, sejam corajosos! Eu sei que quando a gente está namorando, aparece todo mundo que a gente esteve a fim na vida para atentar, então esse é o momento de sentir se você realmente quer estar numa relação séria. Porque ficar por aí ciscando em outros terreiros, dando corda para ex-peguete (ou pretendente) quando você está namorando é MUITA SACANAGEM com as duas meninas. A namorada, que está lá super achando que você sossegou e com a outra que só investiu por achar que você estava solteiro. Vamos ter coragem de admitir em que momento da vida estamos e dizer NÃO quando for necessário, mesma que seja difícil. Mesmo que você não faça nada concreto, de fato, isso não é legal. Apenas se coloque no lugar da sua namorada... o que você acharia de ver uma conversa cheia de flerte, piadinhas de duplo sentido e convites suspeitos dela? Acharia inocente ou também não gostaria?

Man up, for God’s sake!

domingo, 26 de março de 2017

Quando a esmola é demais, o santo desconfia

Quando eu digo que a qualidade dos homens nunca esteve tão ruim como nos dias atuais, tem gente que acha que estou exagerando. Mas (in)felizmente eu tenho coletado mais e mais provas cabais de que só podemos estar à beira do fim dos tempos mesmo. A história que vou narrar aconteceu com uma amiga minha e pra proteger sua identidade vou chamá-la de Nina.

Nina estava lá, de boa na lagoa, entrando no Tinder pela primeira vez, conhecendo o aplicativo ainda, quando recebeu um Super Like. Para quem não sabe, o Super Like é quando uma pessoa gosta muito de você e, ao contrário do LIKE normal, você já fica sabendo que ela te quer. Assim, ela viu o carinha que deu um Super Like, achou interessante e retribuiu. Match dado, eles começaram uma conversa maravilhosa no aplicativo. Ele, a pessoa mais engraçada, super espontâneo, nada daquelas conversas engessadas da Internet, super criativo, a encantou. Durante essa conversa, ele brincou dizendo que ela podia apagar o aplicativo porque já tinha encontrado o que procurava, que ele também apagaria, falou sobre cachorro, filhos, casamento, tudo na maior brincadeira. Até ciuminho já demonstrou pois ela estava viajando, tudo na maior piada. Ela adorava, pois nunca tinha se dado tão bem com uma pessoa tão rápido. "Ele é minha versão masculina", pensava e se divertia com as semelhanças.

Até que ele se ofereceu para buscá-la no aeroporto. Mesmo achando meio doido aquilo, resolveu aceitar. E assim foi o primeiro encontro dos dois: ele a buscou no aeroporto, a levou para tomar café da manhã, foi super romântico, carinhoso, rolou aquela química no beijo. Era tão perfeito que chegava a ser inacreditável. Durante a semana se falaram todos os dias, mantiveram as brincadeiras do tipo "e aí, quando vamos assumir nosso relacionamento?" e ela "tá pensando que é assim, é? Tem quer ter um pedido especial" e riam, e se divertiam como se já se conhecessem há tempos.

Chegou o FDS, finalmente se veriam novamente! Foram a um restaurante e ficaram grudados a noite toda. Beijos, carinhos, conversas, risadas, o encontro perfeito. Ele perguntou o que ela faria no sábado e ela disse que provavelmente sairia com as amigas. Ele disse em tom de brincadeira "ah é, esqueci que ainda não sou prioridade na sua vida, né?", ela riu e encerraram o assunto.

No outro dia, quando os planos com as amigas não deram certo, ela resolveu falar para ele, que a convidou para um jantar e um cineminha. Porém, logo depois sugeriu que fossem dançar e ela topou prontamente. Ela comentou do jantar + dança com uma amiga e esta disse que também teria um encontro com um bofe e perguntou se depois do jantar também poderiam se encontrar na boate. Então os 4 ficaram de ir dançar após o jantar.

Na noite de sábado então, o rapaz buscou Nina em casa e a levou para um restaurante super romântico. Ao entrar no carro, ele fez piada com a roupa que ela vestia, os dois riram e seguiram para a primeira parte da noite. Infelizmente, o encontro da amiga de Nina acabou dando errado e então ao invés de irem os 2 casais para a boate, agora seriam 2 amigas de Nina. Ele não demonstrou nenhum problema com o ocorrido e continuaram o jantar. Como o local precisava de nome na lista até 23h, Nina sugeriu que eles pulassem a entrada e fossem direto para o prato principal, para ganhar tempo, o que ele concordou em fazer. Mas após ir ao banheiro, ela volta e vê que ele pediu entrada. E assim, durante toda a noite ele foi enrolando, ela querendo ganhar tempo e ele demorando a fazer tudo, o que a deixou com a pulga atrás da orelha: "por que será que ele está fazendo isso?".

Depois do jantar, ele foi em casa deixar o carro e subiu para deixar a chave em casa. Nina ficou quinze minutos esperando o rapaz que fazia sei lá o que dentro de casa, mas ela tentava manter o equilíbrio, mesmo achando tudo muito estranho. Chamaram o Uber para ir para a boate e enquanto esperavam, ela questionou o porquê de ele não a ter beijado durante a noite toda. Ele fez alguma piada para fugir do assunto, continuou mexendo no celular - fazendo-a sentir totalmente ignorada - e ela não disse mais nada. Entrando no carro, cada um sentou em uma ponta e ela ficou séria, pois não estava entendendo porque ele estava tão distante. Ele questionou "você tá bolada? O que foi?", e ela respondeu que não estava bolada, que só queria entender porque ele estava tão distante. Nesse momento, ele simplesmente surtou, disse que não queria estragar a noite dela com as amigas e mandou o motorista do Uber parar o carro no meio da rua. Desceu do carro e foi para casa deixando Nina completamente chocada.

Ela seguiu para encontrar as amigas na boate, mas chegando lá enviou mensagens. Disse que queria entender o que tinha acontecido, mandou mensagens fofas, tentando ser compreensiva e seguiu sendo basicamente ignorada a noite toda. Se chateou e no outro dia o procurou na esperança de que eles pudessem conversar e resolver o que tinha para ser resolvido do dia anterior. Mas para sua surpresa, recebeu uma mensagem desaforada dizendo que não havia mais nada para ser conversado + uma lista de acusações do tipo "você está me pressionando a namorar", o que a chocou e magoou, já que desde o começo ele é quem sempre falava em relacionamento e brincava com o assunto e ela sempre entrava na brincadeira, sem imaginar por nenhum momento que ele pensava que ela estava falando sério. Ele a acusou de ser infantil por ter ficado chateada com o andar da noite e quando ela disse "ok, então, foi bom te conhecer", ele disse que ela é quem estava colocando ponto final da história.

Resumo da ópera: o cara surtou, abandonou a mina dentro de um Uber no meio da rua, tentou reverter o jogo milhares de vezes, tentando fazê-la se sentir culpada, dizendo que ela estava sob o efeito de álcool, que estava louca (gaslighting sinistro aqui!), não teve a humildade e decência de admitir que teve um comportamento escroto e infantil, foi sarcástico inúmeras vezes, disse que quem deu piti foi ela, se recusou veementemente a discutir o assunto, e ainda achou ruim quando ela, depois de muitas tentativas de ter uma conversa adulta, desistiu e o bloqueou.

Fico tentando entender o que se passa na cabeça desse sujeito. Primeiro, para que tantas brincadeiras de relacionamento? E por que acreditar que ela estava falando sério, quando desde o começo os dois só faziam piada sobre esse assunto? Será que ele não queria mais ir dançar e não teve coragem de pedir para ela mudar os planos? Por que ele acha que sair do Uber no meio da rua e deixar a menina para trás é algo aceitável? Por que não conversar como adultos ao invés de dar piti no whatsapp? Fazer showzinho no meio da rua? Afinal, por que ele não a beijou durante a noite toda? Há tantas perguntas sem resposta nessa história, que eu poderia escrever outro post só com os questionamentos, mas sem querer, ele já respondeu várias coisas:

- Ele é do tipo de pessoa capaz de abandonar outra pessoa sem nem olhar pra trás;
- Ele é do tipo de pessoa que brinca o tempo todo, mas não sabe interpretar quando alguém está brincando com ele;
- Ele é manipulador e controlador;
- Ele é orgulhoso e não admite seus próprios erros;
- Ele é emocionalmente instável;
- Ele é infantil para cacete.

Acho que o resto das perguntas ficarão mesmo sem resposta. Mas sinceramente? Acho que ele já deu dicas o suficiente para responder a única pergunta que interessa no fim das contas: VALE A PENA INVESTIR EM UMA PESSOA ASSIM?

Espero que Nina e vocês todos já saibam a resposta.





sexta-feira, 10 de março de 2017

Meninos religiosos

Desde adolescente fui envolvida com as coisas da igreja. Aos 14 anos, comecei a participar de um grupo jovem que era o amor da minha vida e nele permaneço até hoje - apesar de bem menos envolvida. Por isso, o assunto que quero tratar hoje é algo de que posso falar com propriedade, sem ficar me baseando num disse-me-disse, mas sim na minha própria experiência. Hoje quero parar pra falar sobre meninos religiosos.

O fato é que a gente entra na igreja, conhece pessoas, e acha que lá tem gente mais idônea do que nos outros lugares, o que é uma ilusão sem tamanho.

Ao longo desses mais de 15 anos dentro do grupo, conheci gente de tudo quanto é jeito! Mas preciso falar da quantidade de meninos religiosos hipócritas que existem.

Antes de mais nada, quero deixar claro que eu não tenho essa imagem de que as pessoas religiosas são mais certinhas que as outras. Na minha concepção, o indivíduo que procura uma religião está interessado em se conectar com o divino - seja lá qual for sua crença - a fim de melhorar como pessoa. O que não significa que ele seja perfeito ou santo, porque, afinal, se o fosse, não precisaria de igreja nem nada, certo? Pelo menos esse sempre foi o meu objetivo quando ia à igreja: fazer reflexões que pudessem afetar o modo como vejo as pessoas, trabalhar nos meus defeitos, ser mais compreensivo, mais caridoso, mais humano, enfim, melhorar enquanto pessoa.

A hipocrisia mora em um lugar bem diferente do que a maioria das pessoas imagina. Eu vou dizer onde está a hipocrisia.

A hipocrisia está naquele cara que você conhece na igreja, tenta te comer de qualquer forma, e depois fica postando textão sobre namoro santo ou fazendo homenagem para namoradinha virgem que ele arranjou porque ela é a mulher que Deus preparou para ele e eles formarão um lar santo algum dia. Sendo que no outro dia, o cara tava querendo comer tudo que via pela frente.

A hipocrisia mora naquele cara que trata a mãe que nem uma rainha, que morre de ciúmes da irmãzinha mais nova, mas que sai na balada e trata mulher como um objeto. Que engana todas, que faz coleção de contatinho e todo FDS escolhe uma diferente pra levar pra cama.

É esse mesmo cara, que anda com terço pendurado no retrovisor e tem uma tatuagem de Maria Santíssima, que divide mulher entre "pra comer" e "pra casar". Que ama a Mãezinha do Céu, mas não tem respeito pelas mulheres da Terra.

Então, infelizmente, não podemos contar com o fato de que homens religiosos tenham mais respeito e consideração por nós. É uma falácia, é uma mentira, isso não tem nada a ver com o caráter de alguém. Pode ser que um cara ateu te trate melhor e pode ser que você conheça alguém legal na igreja, sim. Mas provavelmente porque essa pessoa já é legal por si só, não porque a igreja o modificou. A reflexão religiosa tem esse poder de trazer bom senso para as pessoas? Claro que tem! Eu mesma já me policiei muito sobre várias atitudes por causa de coisas que li, estudei, vivenciei dentro da igreja, mas honestamente, isso não é garantia de nada. E é nesse ponto que quero tocar: conheça a pessoa de verdade. Não ache que só porque ela vive numa ambiente religioso, ela é melhor que a maioria das pessoas.

Fica aqui só um alerta, principalmente para meninas novas que acham que vão encontrar o príncipe encantado na igreja. Muito cuidado com a idealização de um esteriótipo! Experiência própria: NÃO DÁ CERTO!

XoXo

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

O ataque do anencéfalo musculoso

Essa é uma história verídica que aconteceu há mais ou menos uma semana, na cidade de Brasília, em sábado chuvoso, com uma mulher de 30 anos. Mas poderia ter sido qualquer dia, em qualquer local, com qualquer uma de nós. Nesse enredo, não há inocentes. Mas criminoso burro tem de monte, e nesse crime apresentamos mais um. Porque é isso que dá subestimar a inteligência de uma mulher (e suas amigas, claro) e o ovo de codorna que é essa cidade.

Como sempre trabalhamos com anonimato nesse blog - embora muitos nem mereçam essa consideração! -, vamos chamar nossa heroína de *Heloísa.

Eis que um belo dia, depois de uma semana de muito trabalho, nossa heroína acorda com a seguinte mensagem no seu celular:


Ela olhou, coçou os olhos e pensou: "WTF?"

Como qualquer vivente do século XXI, resolveu tirar print e mandar para as amigas:

"Isso aqui é pegadinha do malandro, né?!"

Umas riem, zoam, concordam, mas uma... ah, essa uma diz uma coisa que muda tudo:

- Eu conheço esse cara!! Ele é amigo do *Paulo!

Ahhh, Mr. M! Sabe quem é o Paulo?! Um rapaz que está louco pela nossa Heloísa, que já cansou de dizer não, mas não consegue se livrar da insistência do cara, que todo dia manda mensagem enchendo o saco. Suspeito, não?!

As amigas aconselharam a dar corda e a conversa continua:



1) Que diabo de desculpa esfarrapada é essa? Porque você pega o número de uma pessoa que você "não tem a menor ideia de quem seja" e manda uma foto sem camisa dando "bom dia"? Pelo amor de Deus, né? Ninguém aqui é idiota.

2) Frase pronta de "Prazer não, satisfação, o prazer vem depois" - é sério isso?!

3) "Vc ficou muda". Oi? A pessoa passa UM MINUTO sem responder e é acusada de mudez? WTF?


4) Daí sem mais nem menos, o cara começa a mandar fotos semi-nu para uma pessoa que ele não sabe quem é, mas que por algum motivo "estava no celular dele".
E pede nudes.


5) Avisando que "não abaixou mais porque tá pelado", como se ela tivesse perguntado alguma coisa ou se tivesse interesse em ver a parte debaixo.

6) LINDA XAU. LINDA XAU. Linda. XAU. X-A-U. Só pra deixar bem enfatizado que ele, de fato, escreveu que nem um menino de 11 anos.


7) Se achando o mais gostoso do mundo, tomou uma e deu a melhor resposta do mundo: "Frouxo? Tenho 25 anos." WTF? É tipo "Bacon? Eu nunca fui para a Europa".

8) Tá pedindo nudes desde que acordou e começa a fingir que não quer deixar a menina "molhadinha". Prossigamos com a palhaçada circense.


9) Lá vai ele tentar puxar um sexting (sexo por mensagens) com a nossa vítima. E enquanto isso, ele está lá, sendo printado e zoado no grupo dazamiga.


10) Tá de pau duro com uma conversa sexual que ele tá participando sozinho. Com os nudes que só ele mandou. Com uma pessoa que ele nunca viu. Ok, aquele típico cara que goza em 2 minutos.


11) Pois é, Helô. Nem falei nada. Nem mandei nudes. Eu ein.


12) A essa hora, o ser humano já está sendo mais zoado que tudo, quando Helô e as amigas zoeiras resolvem perguntar seu nome e ele diz "João". Todas caem na gargalhada sabendo que esse não é nem de longe o nome verdadeiro do canalha. E então, uma delas tem a brilhante ideia de dizer: "Não lembra de mim, não, SADDSA (chamando pelo apelido que ele é conhecido pelas bandas)?




13) Linda, XAU. Vive dando XAU e nunca vai embora. E a propósito, me segurei para não falar disso, mas O QUE ADIANTA ESSE CORPO MALHADO NUMA PESSOA QUE NÃO SABE NEM ESCREVER?!

14) Ouve-se à boca miúda que ele não é personal, não. Pelo menos não um qualificado. Inclusive há boatos de que nem o ensino médio foi concluído (o que pode explicar o português "mal escrivinhado").

15) O amigo recalcado, vulgo Paulo, mandou que ele tentasse seduzir Heloísa? Eis a grande questão do mistério.

15) Homem escroto vai ser exposto, sim. E é bom para que todo mundo veja a qualidade de homem que temos que lidar todos os dias. Acredite, tem mais caras anencéfalos e arrogantes assim do que se possa imaginar. Toda hora cruzando caminho de pessoas inteligentes e do bem, como nossa amiga Heloísa.

16) O mal do esperto é achar que todo mundo é burro.


Lindos, XAU!

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Sobre pedaladas amorosas

Ela ia fazer spinning porque adorava, sempre adorou.

Um dia começaram um flerte leve: ele ia na bike dela, brincava que ela podia pôr mais carga e girava o botão. Ela xingava, mas no fundo achava bom aquela atenção extra que ele dedicava, mas não passava disso.

Mas o destino tratou de, alguns meses depois, colocá-los no mesmo local, no mesmo horário, no mesmo estado alcoólico. Foi então que uma conversa mais aberta e um flerte bem menos inocente tomou forma. Se beijaram como loucos, porque a vontade estava guardada há muito tempo. Foi melhor que imaginavam, leve, natural, engraçado, divertido, sexy. Ficaram grudados a noite toda e depois se despediram sem trocar telefones. "Estranho", ela pensou, mas encontrá-lo novamente seria inevitável.

Na semana seguinte, lá estava ela pronta para mais uma aula e ele... cadê? Não apareceu. Foi substituído. Ela achou estranho, mas fez a aula com o outro professor e tocou a vida. E assim aconteceu durante várias semanas. Nada de ele aparecer, tudo era esquisito, ninguém falava do assunto e ela não tinha idéia do que tinha acontecido. Pensou em várias coisas, até na possibilidade de alguém tê-los visto juntos e demitido (achando que fosse contra a política da academia).

Eis que depois de dois meses sem saber se a pessoa estava viva ou morta, ele retorna aos trabalho e eles conversam. Ele cobra a presença dela na semana anterior, ela se defende alegando que estava viajando. Ele brinca, disse que só a perdoa por causa da viagem e a convida a aparecer mais vezes para suas aulas. Ela diz que não pode por causa de trabalho, eles sorriem, se despedem e vão embora. Nada promissor, mas tudo bem.

Mais uma semana se passa e ele convida os alunos a curtirem a página do Facebook da modalidade na academia. Ela resolve curtir e o encontra. Ao tentar adicioná-lo, a surpresa: ele está em um relacionamento sério.

A primeira reação foi ficar levemente decepcionada em saber que nada mais poderia acontecer entre eles. O segundo pensamento foi: "peraí... será que eles já estavam juntos quando ficamos?".

Stalkear ativar. Informação encontrada: o namoro começou em abril de 2016. 8 meses antes de eles ficarem. A tal namorada já tinha sido vista por ela nas aulas.

"Ok, mas eles podem ter terminado e voltado" - mas a pulga continuava lá, atrás da orelha, incomodando.

Stalker ativar parte 2 - a vez dela. Informação encontrada: um comentário dizendo 'eu te amo' poucos dias antes do fatídico dia.

Ela, que não se chocava com mais nada, de repente se viu incrédula com tamanha cara de pau. Com tamanha destreza em esconder a verdade de duas mulheres.

Depois se lembrou que era um talento deles. E voltou a olhar só para os pedais.

sábado, 28 de janeiro de 2017

A história que sempre se repete

O blog está cheio de moscas e eu vou falar para vocês porque ele está tão abandonado: além da correria que minha vida tem estado, não tem graça vir aqui e sempre contar a mesma história, né?

O fato é que o mundo gira, entra ano, sai ano, mudam as estações e apenas uma coisa não muda: a mulherada continua se dando mal.

Não é generalização, não é clichê, não é mimimi, é análise de fatos.

Solteira há 4 anos - um recorde pra mim, que nunca tinha ficado nem 2 anos solteira -, eu tenho me entristecido com a forma como os homens andam tratando as mulheres. Eu já vi de tudo, mas nunca achei tão escroto quanto nos últimos tempos. As pessoas não se conhecem mais. Não saem, não tentam se dar bem, e acham que gostar de alguém é algo ruim. Os homens estão cheios de prepotência, achando que qualquer mulher vai se apaixonar por ele, porque afinal, todas as mulheres estão desesperadas para namorar e casar, e aparentemente qualquer um serve, né?

É triste como a gente não tem direito de ser quem a gente é, sem ser julgada. De agir como queremos agir. De ter que sempre ficar pisando em ovos para "não assustar o cara". Ninguém chama mais ninguém para ir ao cinema, comer uma pizza, sentar e simplesmente conversar. Para ver se bate, se encaixa, se gosta. Se envolver com alguém é coisa de gente fraca. Sentimento é coisa de idiota.

E pior que não sei de onde veio isso. E pior que quanto mais velhas vamos ficando, mais eles vão achando isso. E pior que a história se repete com toda e qualquer mulher solteira que eu conheço. E pior que a gente tá aí, levando fora atrás de fora de pessoas que nem sequer ousaram nos conhecer antes de decidir que não vale a pena.

Se pelo menos as histórias fossem mais variadas, os motivos fossem diferentes, eu pudesse ter algo engraçado ou interessante para contar aqui no blog. Mas não tem graça sempre falar: conheci um cara, ficamos, transamos e ele desapareceu. Sempre a mesma história batida. Comigo, com minhas amigas, com minhas primas, com as amigas das amigas. Ah, já mencionei que mulher não pode ter vontade de transar? Pode não, viu? É feio.

E por aí vai... nossa saga... de conhecer caras que parecem legais e no dia seguinte entram no mesmo saco dos homens babacas.

É claro que tem mulher maluca por aí também. Mas acho que cada homem que por ventura venha a ler isso sabe da diferença, sabe como é ou os amigos que tem e pode confirmar o comportamento descrito acima, se tiver coragem de ser honesto.

Enquanto isso, continuamos nessa aventura de tentar ser quem a gente quer ser nesse mundo distorcido, que está fabricando mulheres céticas em série, onde ninguém acredita mais em ninguém. Será que um dia o jogo vira e as pessoas voltam a se tratar como pessoas novamente?